Preço é um dos obstáculos para avanço dos jogos de celular no Brasil

Falta de conhecimento também impede expansão do mercado no Brasil. Segundo a Gameloft, jogos têm de custar o mesmo que uma ‘cerveja no bar’.

Mesmo diante de uma base de 168 milhões de celulares, o Brasil ainda enfrenta dificuldades para expandir a venda de jogos aos diversos modelos disponíveis no mercado, afirma o gerente regional da fabricante de games Gameloft, Benjamin Vallat.

Nesta terça-feira (1/12), a empresa anunciou o lançamento do Real Football 2010, nova versão da série de jogos de futebol desenvolvida para celulares, e que chega para aproveitar o mercado que se movimenta em função da Copa do Mundo 2010, que será realizada na África do Sul.

“Os desafios no País são muitos. A maioria dos usuários não sabe como baixar os jogos – alguns não sabem sequer da existência deles”, explica Vallat. “Além disso, precisamos mostrar para as pessoas que jogos de celular também têm qualidade”, conta.

Outro obstáculo para o crescimento do mercado de jogos de celular entre os brasileiros é o preço. “Primeiro precisamos lembrar que o público que quer games no telefone não é o mesmo que joga em consoles como Wii ou Xbox”, diz Vallat.

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Segundo o gerente da Gameloft, as pessoas que usam celular para jogar normalmente o fazem no ônibus ou no trem, e têm poucos minutos para isso. “O preço do jogo, incluindo a taxa de transferência de dados, tem que ser o mesmo de uma cerveja no bar, já que o tempo e a diversão são equivalentes.”

No Brasil, cerca de 80% das contas de celular são pré-pagas, e o gasto mensal médio dos consumidores é de 20 reais. “Usuários não estão dispostos a gastar 50% da receita mensal com um jogo. Eles precisam ser baratos”, analisa Vallat.

O desempenho do mercado brasileiro melhorou ao longo do ano de 2009 e continuará crescendo em 2010, diz o executivo, sem citar números.

A Gameloft faturou 110 milhões de euros em 2008 e apresentou um crescimento trimestral de cerca de 20% em 2009, o que gera boas expectativas para o ano dentro da empresa. De acordo com Vallat, 90% do faturamento da companhia corresponde à venda de jogos de celular pelo mundo.

fonte: http://idgnow.uol.com.br

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