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Nintendo 3DS vs iPad 2 – Fight!

Fabricante japonesa usa tecnologia 3D em seu primeiro videogame lançado em cinco anos. O objetivo é frear o avanço de rivais, como Apple e Sony, que crescem com smartphones e tablets e não cansam de jogar cascas de banana em seu caminho

No dia 2 de março, Steve Jobs, o fundador da Apple, subiu ao palco do Yerba Buena Center, em São Francisco (EUA), para apresentar a segunda versão do seu iPad.

A cerca de 300 metros de distância dali, literalmente do outro lado da rua e quase na mesma hora, o presidente da Nintendo, Satoru Iwata, também fazia o anúncio de um produto. Iwata apresentava o 3DS, um aparelho portátil de videogame que exibe imagens tridimensionais sem a necessidade de usar óculos especiais.
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Bill Van Zyll, diretor-geral da Nintendo para a América Latina
O equipamento, que deve chegar ao mercado brasileiro em abril e ainda não tem preço definido, é o primeiro lançamento da criadora do personagem Mario Bros após um hiato de cinco anos.

Seria coincidência a Nintendo e a Apple realizarem seus anúncios quase simultaneamente? É possível, mas uma análise mais detida do mercado de videogames indica que não.

“Esse episódio marcou o primeiro ataque frontal da companhia da maçã contra a Nintendo”, afirma Michael Pachter, analista do banco de investimentos Wedbush Morgan Securities.
Segundo o raciocínio de Pachter, foi uma maneira que a Apple encontrou de eclipsar a apresentação da Nintendo. Como a empresa de Cupertino quer ampliar os negócios de games no iPad e no iPhone, ofuscar o anúncio da fabricante japonesa fazia todo o sentido.
Coincidência ou não, o fato é que o iPad 2 desviou os holofotes do anúncio da Nintendo. Mas o cerco da concorrência não para por aí e por isso a companhia de videogames busca alternativas para manter a boa posição conquistada no mercado mundial.
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Ao longo dos últimos anos, a Nintendo fez fortuna com produtos de fácil manuseio desenhados para pessoas que nunca se sentiram confortáveis com um controle na mão.
Um exemplo é o console Wii, o primeiro a ter comandos de jogos reconhecidos a partir dos movimentos dos jogadores. O problema é que, de dois anos para cá, smartphones e tablets seduziram esse usuário.
“Esse é o mercado com maior potencial de expansão do setor de games”, disse à DINHEIRO Erik Bladinieres, diretor-geral da criadora de games Konami para a América Latina.
Enquanto isso, a Nintendo vê a venda de seu Wii patinar em função do avanço de outros rivais fortes, como o Move, da Sony, e o Kinect, da Microsoft, ambos com sensores que lêem os movimentos do corpo do jogador.
A fabricante do Wii já acusa o golpe. Suas ações caíram mais de 50%, desde o final de 2007. Entre abril e dezembro de 2010, o lucro líquido foi reduzido em 74% e sua receita caiu 32%. É por essas razões que o lançamento do 3DS se torna ainda mais importante para a Nintendo.
“O 3DS representa o começo de uma nova era para a indústria de entretenimento”, diz Bill Van Zyll, diretor-geral da Nintendo para a América Latina.
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Satoru Iwata, presidente da Nintendo: estratégia de
expansão da empresa continua a ser os jogos de console
A esperança no produto se deve aos recursos multimídias do novo aparelho, que, além da reprodução de jogos, permite tirar fotos e assistir a vídeos em 3D.
A aposta na tecnologia de terceira dimensão sem óculos parece promissora, mas também nessa trincheira já há competidores. Empresas como a coreana LG preparam smartphones com o mesmo recurso.

“Sabemos que outras companhias seguirão nosso caminho, mas não tememos a concorrência”, afirma Van Zyll. “No final, nosso conteúdo determinará a compra.” Ele se refere ao vasto portfólio de games exclusivos da Nintendo, que não tem planos de licenciá-la para outras plataformas.
Os desdobramentos dessa história devem ficar mais claros a partir do dia 25 de março. É nessa data que iPad 2 e 3DS chegarão às prateleiras de lojas de diferentes países, depois de lançados, respectivamente, nos EUA e no Japão.

Vivendo em regiões cujas economias ainda se recuperam da crise financeira mundial, muitos consumidores terão de escolher entre o iPad 2 e o 3DS”, aponta André Forastieri, diretor editorial da Tambor Digital, empresa responsável pela feira do setor, Gameworld, realizada anualmente em São Paulo.

fonte: istoedinheiro

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