A Nintendo continua com seu olhar torto para o mercado de smartphones. Depois do discurso controverso na GDC 2011 (pouca gente engoliu) de dizer que não quer papo com as empresas de garagem (leia-se: desenvolvedores indies que programam para smartphones também). O presidente da Nintendo of America disparou mais agouros contra o mercado de smartphones.
“Não queremos entrar nesse mercado”, disse Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, à CNN. “Não vemos isso como uma oportunidade. Telefones são utilitários. Não são, por definição, aparelhos de entretenimento”. (nota do autor: mas são por convergência de mercado [trollface])
A desculpa do senhor Reggie é a falta de vantagem competitiva. O mesmo papo da Sony no ano passado (até lançaram uma campanha contra…lembra?). O “causo” foi que a Sony resolveu voltar atrás e lançar smartphone Xperia Play. Parece até que a Sony é mestra nisso, afinal aconteceu o mesmo com os controles de movimento no PS3.
No caso da Nintendo, não é que ela deva ou não projetar um Nintendo DSphone de imediato, mas a verdade é que se o mercado mudar não adianta birrar, vão ter que se adaptar ao “meio” ou então é f*da-se.
É algo análogo ao que aconteceu com os portáteis quando a Nintendo imaginou o Game boy. A Sony viu a oportunidade e lançou o PSP. É uma ilusão infantil achar que alguma empresa construa aparelhos apenas para agradar os gamers. O motivo é sempre dinheiro. Se houver clientes gamers, lá estarão as empresas criando hardwares e games para as pessoas jogarem.
A bola da vez são os smartphones. Puxados pelo forte impacto do iPhone no mercado, cada vez mais pessoas deixam seus portáteis em casa para levar no bolso um aparelho apenas.
E não adianta alguém me vir com essa conversa de que odiaria um DSphone, pois odiaria ser interrompido enquanto joga. Bom, caso você não queria ser interrompido, pode por o aparelho em offline. Se insistirem na premissa, digo apenas que caso seu telefone toca enquanto você joga, você não atende?