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Criador do Pac-Man critica qualidade dos jogos do iPhone – eis a réplica!

Toru Iwatani, criador do clássico Pac-Man, criticou a situação atual da indústria de videogame (em especial no iPhone), ao considerar que muitos dos títulos atuais não serão lembrados daqui a 10 anos.

Em entrevista com a Game Developer, Iwatani afirmou que ao criar Pac-Man quis desenvolver um jogo não só atrativo, mas também detalhado, bonito e acessível.

“É isso que quero destacar, uma vez que desde, mais ou menos, o ano passado tivemos uma avalanche de jogos simples para o iPhone, redes sociais e semelhantes. São jogos muito fáceis, e com isso quero dizer fáceis de projetar e lançados às dúzias. Penso que é necessário refletir mais sobre como se apresentam estes games ao jogador, como se podem tornar mais divertidos. Desenvolver jogos com esta abordagem reflexiva no seu design ajudará a que sejam amados e relembrados com carinho durante muito mais tempo.”

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“Quando olhas para os jogos atuais,” acrescentou ele, “é duvidoso que qualquer um de nós continue a falar deles dentro de 10 anos. Temos que nos focar em fazer jogos que as pessoas relembrem dentro de uma década, porque senão o mais provável é perdermos o nosso público.”

Via eurogamer.pt

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Concordo com os ensinamentos do senhor Toru Iwatani, mas tenho que acrescentar uma opinião contrária por um motivo:

Na época do Pac-Man a quantidade de jogos não era tanta como vemos hoje e nem a indústria tinha mais de 30 anos “nas costas” como tem hoje.

Para uma empresa lançar um jogo hoje em dia é muito mais arriscado. O próprio Pac-man teria sido uma vítima do esquecimento se a indústria não fosse tão maleável e rapidamente não mudasse de arcade para consoles caseiros e posteriormente portáteis. Por acaso os arcades são onipresente hoje em dia como eram na época do Pac-Man?

Quanto aos jogos de hoje serem facilmente esquecíveis, isso é um fato que ocorre na indústria do cinema também. Será que vende-se tanto bluray do Titanic? Ninguém nem comenta mais e até na época quem gostava do filme, hoje revela apenas que era coisa de momento. A questão pode, inclusive, virar social e bem mais ampla. Na música ocorre o mesmo, grandes astros aparecem, movimentam milhões e depois somem no limbo.

E qual a grande questão então? Arte!

Gameplay básico porém cativante!

Um jogo bem feito mesmo que não seja um mega sucesso, com certeza, depois irá virar referência seja para a própria indústria ou para qualquer roda gamer. Um exemplo recente é o tocante Shadow of Colossus (Playstation 2).

Jogos com um “Que” de arte, seja no esmero da produção, seja no jogo em si serão sempre lembrados.

O senhor Iwatani não falou nenhuma inverdade quanto aos jogos serem facilmente esquecíveis. Mas acontece que o mercado quer assim! Tudo é rápido, feito para o consumo rápido. Produzem um jogo (e quase tudo hoje em dia) não para durar, mas para conquistar o cliente para a próxima compra.

Neste meio selvagem (capitalismo) estão jogos artísticos. Feitos com esmero e assim como alguns filmes, músicas, animes e outras coisas desta época, irão viver para sempre na memória de muita gente. Independente de parecerem “oldschool” ou não.

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