Análise: Bala de Borracha [Com vídeo]

Este é Bala de Borracha, mais um trabalho da produtora PlayerUm com personagens do grupo Porta dos Fundos, quem acompanha o nosso canal no YouTube há mais de um ano sabe que esse nome foi mencionado por lá, sim, são os mesmos desenvolvedores de Bola Azul, eu já fiz a análise deste e pelo amor do que é mais sagrado, que áudio horrível. (Pode conferir neste link)

 

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Bala de Borracha é um jogo que pega emprestado a formula de Space Invaders, um clássico dos video games, um dos títulos que originaram essa arte.
Aqui você está na pele de um policial digamos que fora de seu papel principal. Aqui o objetivo é descer bala de borracha e outros apetrechos nos manifestantes.

Ao iniciar o jogo, você tem a possibilidade de comprar um policial entre três, cada um deles possui certas vantagens de habilidades que também se dividem em três: Saúde, velocidade e poder de disparo. É aconselhável que você pense bem antes de escolher um pois só aqui já vai metade de seu dinheiro e é inteligente você economizar e coletar bastante medalhas que é a unidade monetária do game, elas são jogadas pelos manifestantes assim que são detonados.

Passando dessa etapa começamos o jogo pra valer, é notável de cara que a jogabilidade é o destaque do título. Fazendo uma linha vertical no centro da tela, tocando no canto direito inferior, o policial se direciona para a direita, o mesmo vale para o lado oposto, tocando na parte central da tela é acionado o especial quando estiver carregado. Sendo assim, você pode jogar perfeitamente com apenas uma das mãos.

 

O principal destaque em minha opinião é a possibilidade de fazer upgrades, isso acrescenta e muito no fator replay do jogo, mas aqui há um porém: o jogo não tem replay. Você não pode refazer as missões para arrecadar mais fundos para atualizar seu equipamento de guerra.
Antes de qualquer missão, você pode dar um pulinho na área de aprimoramento. Aprimorar o equipamento é crucial para evitar momentos de raiva, mas para arrecadar fundos não será nada fácil, exceto se você estiver a fim de pôr a mão no bolso.

 

Ao fracassar na missão às vezes você deve assistir propagandas ou pagar R$2,50 para se livrar dos anúncios. Os pacotes de medalhas não são caros, mas se juntar com o dinheiro para remover as propagandas pode ser que o jogo não valha o investimento e caso prefira não investir a dificuldade fica hardcore, o que vai garantir a alegria dos saudosistas de games clássicos, porém, para quem não veio acompanhando os jogos isso pode ser frustrante.

Existem recompensas diárias para quem joga todos os dias e também ao detonar certa quantidade de cada personagem manifestante.

Também há um modo cooperativo onde você convida um amigo no Facebook para controlar um drone em uma missão.

Os manifestantes não podem invadir a sua área na tela, caso contrário, você já era. Além disso, maioria deles arremessam objetos que danificam a saúde de seu personagem, principalmente os molotovs que os Black Blocks arremessam. Eu só achei meio sem noção o fato de que as bombas de gás(um especial) não param os manifestantes em apenas um arremesso nem mesmo quando está mais aprimorada, já se você faz um disparo contra eles, sim.

O áudio é outro fator que se dá mal aqui, sim, a música é legalzinha, ela representa algo cômico, algo que não se deve levar a sério, porém, há apenas uma música e ela se repete em todas as fases mudando apenas nos chefões. O áudio de disparos e outros impactos também estão presentes, mas um tanto repetitivo, talvez seria interessante mudar o som dos disparos conforme vai aprimorando a arma, assim daria maior sentimento de aprimoramento.

– Conclusão

Como falei no começo, Bala de Borracha pega emprestado o formato de Space Invaders, isso faz com que atraia a galera gamer das antigas a fim de relembrar o clássico e pode atrair também os jogadores que não são fãs ou se quer ouviram falar em Porta dos Fundos, a não ser que seja hater, mas muito hater do grupo.
O único imenso problema aqui é o abuso para você pôr a mão no bolso. Talvez fosse mais plausível uma demostração gratuita das primeiras missões e uma opção de comprar o jogo liberando as demais missões.

– Prós

  • O formato do jogo traz nostalgia
  • Os saudosista vão se identificar com a dificuldade (caso não opte por pagar)
  • Moedas com preços bacanas (compradas com dinheiro real)
  • Permite jogatina sem conexão com a internet

– Contra

  • O jogo não permite repetir missões
  • O jogo é difícil a ponto de ser interpretado como um abuso para pôr a mão no bolso
  • Música repetitiva a ponto de preferir jogar no mudo depois de um tempo

Nota: 6/10

Ficha Técnica:

Plataformas: Android 2.2+ e iOS 4.0+
Tamanho: 38MB
Idioma: Português brasileiro

Redação

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