Skynet? Ultron? Que nada, parece que quem vai mesmo dominar o mundo são os jogos de celular. Segundo o relatório e projeção de investidora Digi-Capital, o faturamento com jogos para smartphones e tablets (Android, iOS e Windows Phone) será muito maior que o de outras plataformas em 2018, batendo a incrível marca de US$ 45 bilhões de dólares.
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Bem, isso é notícia velha, como você já deve saber. Noticiamos anteriormente que segundo analistas, já em 2015, os jogos mobile vão gerar mais receita que os jogos de consoles. Mas esse novo estudo prevê que o faturamento com jogos mobile irá crescer a um ritmo mais acelerado que o esperado, chegando a tomar quase metade de todo o mercado de games.
Pode não parecer, mas há uma guerra lá fora entre os jogos de celular e o mercado tradicional (consoles e PC). Como você pode ver na projeção realizada pelo estudo da Digi-Capital, os setores de jogos online e para PC, serão pouco afetados e parece que os jogos de celular vão roubar mesmo a atenção (e a grana) do mercado de consoles.
Poderíamos citar exemplos de casos de sucesso de empresas nascidas no meio mobile (como já fizemos antes), e dar aquela desculpa que “os jogos mobile atingem uma nova audiência”. Mas e quando várias empresas que faziam jogos de console, começam a comemorar saldos positivos por conta do games mobile, no Japão?
“De repente, aquela ideia de que o Japão era o reduto intocável dos consoles portáteis parece desmoronar, quando até a Nintendo vai apostar em jogos de celular”
Na realidade, foram tantas notícias relacionadas a jogos mobile e Japão, recentemente, que tivemos que reunir todas em um “compilado” de links que você verá ao longo desse artigo. Alguns dos links estão em inglês.
Como é de conhecimento de todos, ultimamente as empresas japonesas têm tido problemas para emplacar games de sucesso nos consoles da nova geração (Playstatio 4, Xbox One, Wii U), assim como tem tido problemas até mesmo com franquias conhecidas na geração anterior (Xbox 360 e Playstation 3). Em contrapartida, praticamente todas as empresas japonesas que apostam em jogos de celulares se deram bem.
Seja a Konami comemorando o sucesso de Jikkyou Pawafuru Puroyakyu (Ace of Diamond), ou a Square-Enix festejando o lucro vindo da divisão mobile, um fato é que o mercado de games de celular é ainda mais forte em território japonês.
De repente, aquela ideia de que o Japão era o reduto intocável dos consoles portáteis parece estar ruindo, quando até a Nintendo vai apostar em jogos de celular. Segundo uma pesquisa da App Annie, Os japoneses (e sul-coreanos) gastam três vezes mais tempo jogando nos celulares do que os ocidentais. E olha que por aqui as pessoas jogam pra c*ralho. Entre em qualquer ônibus ou metrô e veja várias pessoas jogando em seus celulares. Sete anos atrás, isso era algo raro.
A situação só “piora” quando se analisa as bases dos recém-chegados ao mercado de games, estamos falamos das crianças menores de 6 anos. Na minha época, o primeiro contato com videogame era através de um arcade, videogame de algum parente ou locadora de games. Hoje, as crianças praticamente já nascem jogando nos celulares e tablets dos seus pais.
O “Super Mario” das crianças de hoje são os Angry Birds e o “Top Gear” é o Asphalt. Segundo um estudo até relativamente antigo (2011), publicado no site AllThingsD, sobre quem são os “novos gamers”, a plataforma favorita da “nova geração” são os smartphones, com 81% da preferência.
Desde que surgiu, em 2008, a primeira loja da apps e jogos, a realmente fazer sucesso, parece que ninguém freia os jogos de celular. Já se passaram quase 7 anos e o mercado de jogos neste seguimento só tem crescido. Ainda que muitos games não reflitam uma experiência próxima aos dos consoles, os jogos de celular são aquela diversão instantânea, do mesmo jeito que eram os primeiros jogos do Atari. Ou seja, ainda há muito a vir pela frente e o futuro parece promissor.