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O que está acontecendo com a Gameloft?

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Há alguns dias surgiu a notícia de que a Vivendi está interessada em virar a “dona” da Gameloft. Quando se fala em Vivendi, muitos imaginam a “Vivendi Games” e a situação “compra” faz muita gente pensar que a Gameloft vai mal. Mas na realidade, as coisas não são bem assim.

A Gameloft, por exemplo, vai muito bem. Ano passado (2015), a produtora de games mais popular do mercado mobile faturou nada menos que 256,2 Milhões de Euros, uma alta de 13% em relação ao ano anterior (2014). A empresa não sou conseguiu reverter a situação do começo fraco de 2015, como faturou ainda mais.

Vamos por parte. A Vivendi dessa história não é a subdivisão, já falida, Vivendi Games. Trata-se de todo o conglomerado francês que possui empresas na área de entretenimento, música, televisão, games e etc.

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O alvo da aquisição, não é exatamente a Gameloft, a Vivendi mira em adquirir a Gameloft para ter meios para incorporar também a Ubisoft, em um futuro próximo. A Vivendi passou a deter 30,01 % das ações, dando-lhe 26,72 % dos direitos de voto. Com isso, ela pode fazer uma oferta pública de compra de ações de outros investidores. Poderia a Vivendi estar querendoa lacuna em sua carteira deixada pela venda de Activision Blizzard?

A medida foi anunciada dia 19 em uma declaração pública após a Vivendi cruzou a barreira dos 30%. No direito francês, possuindo mais de 30% das ações de uma empresa, significa que o comprador pode fazer uma declaração pública e tentar comprar uma participação controladora com uma recompra pública a um preço razoável. Resumindo, é um oferta para baixo para tentar comprar a produtora de jogos como Asphalt e Modern Combat com um preço mais razoável.

Após a venda necessária da Activision Blizzard para reduzir dívidas, a Vivendi decidiu, em Outubro de 2015, investir na Ubisoft (segurando um interesse atual de 14,9 %) e Gameloft (com mais 30,01%). Hoje, a Vivendi é o maior detentora de ações das duas principais empresas de jogos, todo mundo sediado na França, o que facilitaria o processo de incorporação.

Está longe de ser a primeira indicação de que a ex-proprietária da Activision Blizzard está olhando seriamente um oferta de aquisição da Ubisoft, algo que tem sido abertamente rejeitado por Yves Guillemot e toda a diretoria da Ubisoft. Na verdade, a empresa realizou uma conferência com investidores em Londres para tranquilizar acionistas que não querem a compra pela Vivendi. Mesmo assim, se a Vivendi está disposta a ofertar os preços certos, Ubisoft e Gameloft podem ficar em uma situação difícil.

Fonte: gamesindustry

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