Análise sobre o fenômeno Dream League Soccer. Uma franquia com foco diferente do FIFA da EA, mas que marca um golaço no quesito futebol.
A First Touch lançou Dream League Soccer 2016, um game de futebol que vai na contramão da concorrência. Ao apostar na leveza e gráficos mais modestos, o simpático jogo para Android e iOS, conquistou os jogadores por manter princípios, e modos, que FIFA perdeu ao longo do tempo. Confira por que esse jogo é um fenômeno de downloads no Brasil.
– Satisfazendo a audiência
Dream League Soccer já era um fenômeno antes mesmo de chegar na edição 2016. Anteriormente, a First Touch já havia alcançado o coração dos amantes de jogos de futebol com First Touch Soccer (FTS), o primeiro jogo de futebol da empresa. Dream League, nada mais é, que uma versão que adiciona a fórmula de administração de clubes.
Era o casamento perfeito. A ação de partidas online e administração de clubes. FTS e Dream League reinaram soberanos em dispositivos que não conseguiam rodar FIFA 14 e 15. Afinal, nem todo mundo de um a dois gigas de espaço, apenas para baixar e atualizar um game que DLS podia substituir. Porém, algo aconteceu. Com o lançamento de FIFA 16, a EA deixou uma grande parcela da audiência presa no FIFA 15, e pior, com um jogo limitadíssimo nas mãos.
Para colocar em termos práticos, FIFA 15 e 16, é como jogar um FPS com apenas um único online, por exemplo, “Capture the Flap”. Divertido? Sim, mas muito limitado.
É nesse cenário que DLS 2016 chegou em Abril. O game de futebol, lançado primeiro no iOS e depois no Android, surpreende por trazer algo a muito esquecido nas edições 2012 de FIFA e PES, modos multiplayer online e local. Desde os primórdios da criação de games de futebol, não ter o recurso de partidas versus é uma afronta. É como fazer jogo de Ping Pong singleplayer. A sensação de que está faltando é óbvia.
– Gráficos simples e controle satisfatório
Quando o assunto é gráficos, Dream League Soccer 2016 é bonito, mas não chega perto de FIFA 15 e muitos menos de FIFA 16. A modelagem dos jogadores é rasa, e muitos não se parecerem que os atletas que deviam representar. A movimentação e animações também são limitadas, será difícil ver movimentos variados e até quase acrobacias como em FIFA 16.
Já os controles são simples e satisfatórios, pois são os mesmos desde o primeiro FTS. Do lado esquerdo da tela está um analógico virtual e do lado direito três botês: A, B e C.
O botão B é usado para chute baixo e passe, ele também serve para roubada de bola. Já o botão A, é para chutar a bola um pouco mais alto. Sem a redonda, ele é usado para aplicar o famoso “carrinho”. O botão C é utilizado para lançamentos e cruzamentos. Sem a bola, o C serve para mudar de jogador. Com esse simples esquema de comandos, o game deixa o resto a cargo dos jogadores e da evolução de times.
DLS 2016 conta com dois modos singleplayer, um com eventos semanais e outro que se assemelha a uma campanha, onde o jogador passará por diversas ligas. Os modos multiplayer são dois, um online e outro que utiliza o WiFi local.
– Monte seu time
Em Dream League Soccer 2016, o jogador começa com um time básico. Ao vencer partidas, tanto no modo solo como no multiplayer online, é possível ganhar moedas douradas que podem ser utilizadas para comprar novos jogadores. Aqui, o diferencial, é que você compra e vende jogadores diretamente. Não há sistema de pacotes onde o jogo pode rolar os dados e deixar a diversão ainda mais lenta.
O sistema de compra e venda de jogadores é bastante simples. Porém, adquirir novos jogadores exigirá muitas partidas, o que faz com que seja preciso escavar a opção atrás de trocas interessantes.
Caso o seu time esteja cheio de jogadores ruins, há a possibilidade de treiná-los na opção “Meu Clube” e em seguida “Desenvolvimento do jogador”. O modo Meu Clube ainda revela os “Objetivos” que funcionam como missões, que possibilitam ganhar mais moedas douradas. Além disso, a opção apresenta Estatísticas e um esquema para construir o seu estádio, permitindo mais espectadores, e consequentemente, maior renda.
Do ponto de vista tático, o jogo é um pouco limitado. Há apenas opções tipo 4-4-2, 5-4-1 e por aí vai. Cada opção de esquema tático, possui modos defensivos, neutro e ofensivos, e o jogador pode fazer alterações no seu time a qualquer momento, mesmo em uma partida online.
– PES 2016 no DLS 2016
A First Touch criou um sistema genial para prevenir mods e versões não autorizadas. Ela criou a possibilidade de criar mods no próprio jogo. A partir de links na internet, gamers pode adicionar clubes personalizados. Quer jogar com o Flamengo, Corinthians, Vasco, Barcelona ou Palmeiras. Basta procurar o link dos clubes na net. Existem diversos blogs especializados em fornecer esses kits.
É uma ideia que já está dando certo e já é possível ver vários clubes brasileiros criados pelos jogadores. Além de empurrar para os jogadores a questão do licenciamento dos clubes, a instalação de kits resolve o problema dos mods alá “PES 2016 para Android” que costumam aparecer por aí.
– Conclusão
Dream League Soccer está longe de ser o jogo de futebol perfeito. Atualmente ele apresenta problemas de sincronização com a Google Play. Seus gráficos são modestos e a limitadores de energia nos jogadores (eles ficam cansados com o tempo). Porém, o jogo tem as ferramentas certas para a diversão básica de quem gosta de ver a bola rolar: modos multiplayer e personalização de times.
+Prós
- Modos multiplayer local e online
- Monetização descomplicada
- Comandos simples
- Kits
- Licença com os nomes dos jogadores de clubes europeus
-Contras
- Gráficos medianos
Nota 7/10
Ficha Técnica
Plafaformas: Android 4.0+, iOS 7+
Tamanho: 289 MB
Idioma: Português