O aguardado jogo de mundo aberto Gangstar 5: New Orleans, chega nesta quinta (30) aos celulares com Android, iOS e Windows Phone. Mesmo com vários gameplays vazados na web, usuários ainda tem dúvidas sobre o que esperar do jogo. Confira nossas primeiras impressões sobre o novo Gangstar 5.
Principais dúvidas:
- O jogo é offline? Não
- Possui Multiplayer? Sim, mas não é em tempo real
- É pago? Não, é freemium
- O game possui contador de energia apenas para missões e história. Você pode passear pela cidade e usar munição ilimitada.
– Visual de bonito e leve
Para esta nova versão de Gangstar, a Gameloft optou pelo visual cartoon. Bonito e colorido, o novo visual esconde que o jogo possui uma contagem de vértices muito semelhante a de Gangstar Vegas.
Se há evolução, ela é dada graças a potência dos novos smartphones e não há qualidade do código do jogo. Em celulares mais básicos, o game também roda, mas apresenta muitos “defeitos (texturas apagadas ao fundo e objetos surgindo do nada).
Talvez, o único bom “upgrade” no jogo é o mapa, um pouco maior que de Gangstar Vegas. Com uma boa variação de cenários, o mapa de New Orleans é dominado por gangues e cabe ao jogador tentar ser o “dono” da cidade, dominando todos os territórios.
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– História fraca
De todos os Gangstar lançados pela Gameloft, New Orleans é com certeza o mais fraco no quesito história. A mudança de abordagem fica clara logo nos minutos iniciais.
O protagonista é mudo ao estilo “Link” (Legend of Zelda). Seus comparsas falam, sem parar, coisas genéricas como ir logo ali matar uma dúzia de gangsters.
Em resumo, a história não é o ponto forte do jogo. Não há situações engraçadas ou que exijam escolhas. Comparar o jogo com GTA chega a ser motivo de piada.
Em Gangstar Rio, você é um ex-gangster em busca de vingança pela morte de sua namorada. Em Vegas, controlávamos um lutador de MMA cheio de dívidas que se une a outros gangsters em busca para derrotar um criminoso sádico.
Em New Orleans, você é apenas um bandido genérico sem relacionamento com nenhum personagem. Tudo que você faz é seguir ordens e tentar conquistar a maior quantidade de territórios possíveis. Para quê? Nada em particular, já que o jogo literalmente não terá fim.
A única adição interessante, no quesito história, é a vodu Marie Nouvou. Ela adiciona um novo aspecto no game, mais relacionado a fantasia.
– Completamente freemium
Qualquer boa impressão inicial é rapidamente apagada pela quantidade exagerada de elementos freemium presentes em Gangstar New Orleans. Absolutamente tudo foi segmentado para retardar ao máximo o progresso do jogador e gerar dinheiro. Desde o limitador de energia até as armas ridiculamente fracas.
Quer um carro mais rápido para cumprir missões? Ou uma arma melhor? Eles podem ser adquiridos apenas por pacotes (potes de espíritos) ou melhorados com materiais e acessórios.
As missões são o ponto fraco do game. Rápidas e genéricas, todas exigem que o jogador faça um “speed run”, para terminar no menor tempo possível. Algumas até divertem, mas entram mais na categoria casual do que na de imersão dentro do mundo aberto. Qualquer missões deve ser terminada em menos de 3 minutos.
Soft Launchs em sequência como o de Gangstar, N.O.V.A Legacy e Asphalt Street Storm, lançam uma nuvem negra sobre Modern Combat Versus. Será que a Gameloft vai apostar suas fichas no modelo freemium agressivo, como têm acontecido, ou nos presenteará com um jogo com mais liberdade.
Gangstar Vegas foi um jogo pago que virou freemium. Mas New Orleans é pensado desde de sua essência para ser um jogo gratuito.
– Sem multiplayer em tempo real
Não vi a menor graça no modo multiplayer de Gangstar New Orleans. O conceito me parece meio fraco e esquecível. Atacar bases inimigas tem a mesma diversão do modo em Dungeon Hunter 5.
Com a evolução da tecnologia, seria ótimo se a Gameloft incluísse missões multiplayer em tempo real. Nem que para isso, fosse necessário reduzir o tamanho do cenário nessas missões.
Infelizmente não é o caso. Gangstar New Orleans não tem multiplayer online em tempo real. Apesar da ampla publicidade da Gameloft, o modo se resume a enfrentar territórios dos adversários.
– Gangstar New Orleans é um jogo AAA?
Lançado como está, Gangstar 5 New Orleans não é uma grande evolução em relação a Vegas. Na realidade, o jogo parece até um pouco inferior. O aspecto casual permeia toda a jogabilidade de New Orleans. É um game para passar o tempo. Ponto. O novo Gangstar não é uma experiência para querer passar horas imerso em uma história divertida, como nos Gangstars anteriores.
O game chega nas prateleiras virtuais sem um dos recursos mais aguardados pelos fãs, o multiplayer em tempo real. Atualmente, até programadores indie acertam nesse feature (Block City Wars e FreeRoam City), que sim, fará falta em um jogo como New Orleans. Resta saber como o jogo será atualizado pela Gameloft.