Gangstar New Orleans é um jogo de sandbox lançado para Android, iOS e Windows 10. O game decepcionou muitos jogadores por ser incompatível com seus celulares. Mas não é aí que está o principal “problema” desse título. Confira o que deu errado e fez de Gangstar New Orleans um dos games “mais odiados” pelos amantes da franquia.
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Em Gangstar New Orleans, o jogador controla um personagem sem nome que será customizado pelo jogador. No início do game, somos convidados a entrar para o mundo do crime e tentar dominar a cidade.
Gangstar New Orleans é bem diferente de um GTA ou qualquer outro game da própria franquia Gangstar. Não há a força de um protagonista ou de enredo que crie no jogador a sensação de urgência.
Apesar disso, a apresentação do jogo é ótima. O visual é bonito (apesar de diferente) e a cidade parece rica e viva (parece…). Mas isso é apenas a impressão inicial do game.
O tipo de enredo de Gangstar New Orleans não é nem um pouco inspirado. De fato, esse é o game da franquia que menos dá ao jogador aquela vontade de conhecer a história.
Dos motivos para começar um império do crime, ao protagonista que não fala uma linha de diálogo, a história de New Orleans não desperta nenhum tipo de curiosidade. Esse é o grande problema do game.
Lembra de Gangstar: Miami Vindication onde tínhamos que salvar um irmão do protagonista? E Gangstar Rio onde controlávamos um assassino que queria deixar a vida do crime? Ambos possuem bons enredos, diálogos divertidos e que nos deixavam curiosos sobre o que aconteceria pela frente.
Claro, faltou mencionar o último jogo, Gangstar Vegas, que foi lançado como jogo premium e manteve essa linha de mostrar as causas que levavam o personagem para o lado do crime. O protagonista sempre lutava por algo ou alguém, e isso motivava o jogador a embarcar no mundo do crime. Em New Orleans você é apenas um bandido e ponto final.
Essa ausência de motivo que te leve a cometer delitos se agrava ainda mais com o roteiro fraco do jogo. Todos os diálogos são vazios e apenas existem para justificar a próxima missão criminosa. Nem a adição de E-Man tornou o game mais divertido. Funciona assim, alguém diz que algo precisa ser roubado ou alguém merece uma lição, e você é escalado para fazer o serviço. Quem mandou ou quem vai morrer não interessa.
Dos pecados de Gangstar New Orleans, um dos maiores é deixar tudo muito genérico. Missões de corrida, tiroteio, com barcos e aviões. Depois de um certo tempo New Orleans vira um jogo extremamente repetitivo.
Se não fosse a jogabilidade razoável, não haveria motivos para seguir adiante. A boa notícia é que tudo funciona muito bem. Andar, atirar, roubar veículos. A má notícia é que a cidade de New Orleans é sem expressão. Dos motoristas apáticos aos pedestres sem graça. Não há segredos ou easter-eggs para descobrir. Comparar Gangstar New Orleans com GTA V é uma piada de muito mal gosto.
Fica evidente que a Gameloft retirou do jogo todos os elementos AAA como história, gráficos de ponta e desafio. A produtora transformou Gangstar em um passatempo, com missões curtas e repetitivas.
Essa ideia de fazer um Gangstar mais casual (menos sexista e violento) faria sentido se o game trouxesse um item a muito aguardado pelos jogadores, o multiplayer online. Mas infelizmente, o multiplayer de New Orleans é uma das coisas mais decepcionantes que eu joguei em 2017. Por anos, muito se especulou sobre um modo multiplayer em Gangstar Vegas. O anúncio de que New Orleans teria, enfim, um modo multiplayer online, deixava qualquer fã da franquia ansioso.
Porém, o multiplayer existente em New Orleans é aquele mesmo que existiu no começo de Dungeon Hunter 5. Você apenas “Constrói” uma base, posicionando os seus capangas e aguardando a interação de outros jogadores. Eles invadem sua base e pegam o loot. O mesmo pode ser feito por você na base de outros jogadores. Apenas isso.
Não há estratégia, apenas o leveling para ver quem consegue ter os melhores personagens e armas antes. Parece interessante na teoria, mas um multiplayer em tempo real seria muito mais divertido. Não adianta a Gameloft dizer que é tecnicamente impossível, pois estúdios menores já implementaram a ideia em games presentes no Android e iOS.
Diferente de Gangstar Vegas, que era um jogo premium que virou freemium, New Orleans foi pensado desde o começo como um jogo ultra monetizado. Por conta disso, absolutamente tudo no game é segmentado e quebrado para retardar o progresso do jogador o máximo possível.
Há barras de energia apenas durante as missões, sistema de cartas (jarros), diamantes, consumíveis e etc. Absolutamente nada virá sem ser por um sistema aleatório que garanta que você gaste muito tempo, ou pague para encurtar o processo. Fazer zueira pela cidade não consome energia, mas também não rende absolutamente nada ao jogador.
+Prós
-Contras
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seria muito bom se vocês fizessem mais analises
Concordo com o Bruno França.Esse tipo de analise é muito bom, mostrando a realidade nua e crua do atual momento(modelo) que vive os jogos mobile
até hoje da incompatibilidade com meu oneplus 3t!! rsss...
Matéria simplesmente incrível, concordo com todos os pontos ditos!
E pensar que eu esperava um multiplayer igual de gta 5...
Pra mim gangstar Rio foi (é) o melhor da franquia.
EU não gostei tanto de Gangstar Rio, ele era muito bugado e travado, tinha vezes que voce falhava a missão por simples bug do jogo.
Eu já falei aqui antes e vou repetir, é de graça eles tão cagando e andando pra qualidade,cabe a nós jogadores boicotar essas merdas
Ótima análise, realmente esse novo Gangstar decepcionou muito e os pontos apresentados por vocês foram bem visíveis no jogo.
Eu instalei e de cara não gostei. Gráfico fraco, história não sei [porque nem joguei]. Umas das coisas que acho ruim nos Gangstar é a falta de realismo do cotidiano, por exemplo a polícia perseguindo pedestre, prostitutas nas ruas [ oque os GTAs tem de sobra] etc... Esse lance de gastar pra ter um progresso bom no jogo... Enche!! Mas a expectativa do multiplayer online me empolgou, oque me decepcionou tbm e muito quando saiu o game.
A gameloft esqueceu da principal coisa em um jogo...o jogo propriamente dito.