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Nintendo Switch é o console dos sonhos de qualquer mobile gamer

Antes de começarmos, queria agradecer o espaço cedido pelo Dario. Vou começar uma categoria extra de conteúdo (pense como um new game+) no Mobile Gamer, onde focarei no Nintendo Switch.

Antes, um pouco de história. Sempre amei os portáteis. Ficava maravilhado ao poder jogar Tetris no Game Boy clássico dos meus amigos, mesmo com aquele visual em preto e verde, com visão extremamente limitada. Algum tempo depois ganhei o Game Boy Pocket, uma versão mais enxuta e que exibia cores em preto e branco. Meu primeiro jogo foi Wario Blast, um crossover entre o “anti-herói” da Nintendo e Bomberman. Longe de ser o melhor jogo da plataforma mas, cara, como eu joguei e me diverti com ele. Depois passei pelo Nintendo DS, PSP, Nintendo 3DS e, naturalmente, os smartphones.

Nós aqui sabemos da expertise da Nintendo no campo dos portáteis. Ela sempre liderou o mercado de forma, basicamente, absoluta. O PSP foi seu maior oponente na história mas passou longe de superá-lo, ainda que tenha recebido jogos absolutamente fantásticos.

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Com o WiiU, a empresa tentou criar seu primeiro console híbrido graças a tela de seu controle. Entretanto, existiam várias limitações, em especial quanto a distância que você poderia estar do console, causando perdas frequentes do sinal.

O Nintendo Switch, entretanto, é outra história. Dá para ver que se trata da evolução natural da ideia que mencionei anteriormente, mas executada da forma como deveria ser feita. Trata-se do primeiro videogame verdadeiramente portátil, ou seja, que pode ser levado para qualquer lugar, até porque o hardware se resume ao “tablet” em si.

Uma das grandes sacadas do Switch é jogar na TV, conectado ao dock, ou simplesmente removê-lo, encaixar os controles (joycons) e pronto, a experiência continua na palma da sua mão. Sem loadings extras, interrupções estranhas ou algo do tipo: tudo acontece na hora, sem engasgos. A transição é perfeita.

Ok, não dá para dizer que ele é fácil de carregar como um Nintendo 3DS, que ainda dá para colocar no bolso, muito menos um smartphone, mas basta guardá-lo em uma case e carregá-lo para lá e para cá. Outro trunfo é o seu controle que é, de certa forma, modular. A palavra aqui é flexibilidade.

Por padrão, todo Switch já vem com 2 controles, pois cada joycon pode funcionar de forma individual. Não é a melhor forma de experimentá-lo, até porque eles são pequenos, mas quebra um galho tremendo. Em outras palavras, sem gastar qualquer centavo extra, posso jogar multiplayer com quem não tem o console. A primeira vez que fiz isso com Mario Kart 8 Deluxe me fez realizar que o Switch é, de fato, especial. O console ainda conta com um apoio na parte traseira para tornar a jogatina mais confortável. Dá para ver que a Nintendo pensou em tudo. Caso as outras pessoas também tenham um Switch, você tem a opção de encaixar os joycons no console para transformá-lo em um portátil mais tradicional, ou levar consigo o grip, formando um controle mais próximo do que estamos acostumados. Mais uma vez, tudo se resume a opções.

Na hora de jogar, é impressionante poder ver jogos como Super Mario Odyssey, Zelda Doom, Mario Kart 8 e outros rodando no modo portátil. É um nível muito acima do que estávamos acostumados. O fato dos games serem armazenados em cards resultam em carregamentos super-rápidos, algo essencial nas experiências portáteis.

Claro que isso vem ao custo de uma curta duração de bateria, e este é o grande ponto negativo. Ok, não dá para conseguir dezenas de horas de jogo em um smartphone – aliás, jogos são o tipo de aplicativo que mais gastam bateria -, mas apenas 3 ou 4 horas, dependendo do game… é bem pouco.

Felizmente, a Nintendo adicionou uma porta USB-C ao invés de alguma entrada proprietária aleatória, logo você não terá dificuldades para recarregá-lo. Já a bateria dos joycons impressionam. Vale lembrar que o console também pode ser carregado ao mantê-lo conectado no dock.

Em suma, ainda não dá para saber se a Nintendo vai mesmo concentrar toda a sua produção de jogos no Switch e acabar com sua linha de portáteis, atualmente liderada pelo 3DS. Eu acredito que este é o futuro. Só no primeiro ano já tivemos obras-primas como Super Mario Odyssey e The Legend of Zelda: Breath of the Wild, e muitas séries famosas ainda estão por fazer sua estreia – em especial o fenômeno Pokémon. O futuro do console é o melhor possível, e fico feliz que a ideia tenha dado tão certo. Já são mais de 15 milhões de unidades vendidas. E você, curtiu a premissa? Já experimentou o Switch?

No próximo artigo, vou falar de uma série de jogos que foram portados dos smartphones para o Nintendo Switch e que estão encontrando uma nova oportunidade de sucesso. Até lá!

Rodrigo Russano Dias – https://www.youtube.com/gamerdebolsoandroidios

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