O controle GameSir G5 é o topo de linha para quem procura um gamepad para Android e iOS. Mas será que esse controle se encaixa em todos os gostos? Confira o nosso review.
Se eu pudesse colocar uma descrição para esse controle, eu colocaria “um controle para tudo, mas não para todos…”.
Oi, meu nome é João Batista e já faz algum tempo que fiz um review para o Mobile Gamer Brasil. Já fiz a análise do GameSir G4S e chegou a hora do irmão mais evoluído da família: o GameSir G5.
O GameSir G5 é um controle da categoria premium (afinal, pelo preço) da renomada fabricante chinesa GameSir. Empresa essa que tem foco em gadgets mobile, sendo esse um dos controles mais caros da empresa. O G5 custa US$ 75 dólares (cerca de R$ 300 reais, mas é possível achar na casa dos R$ 200).
O alto preço do controle já é de desanimar, mas leia o review até o final, pois vamos detalhar todas as funções que podem, ou não, justificar esse preço.
O G5 foi criado na época da ascensão dos Battle Royales como PUBG, Freefire e Rules of Survival – mas também em conjunto com o hype dos jogos do gênero MOBA. Por isso todo seu design e construção são feitos para o público alvo de ambos os gêneros: MOBA e FPS.
Spoiler : ele funciona de forma excelente justamente nos gêneros mais populares no mobile: MOBA e FPS.
Especificações:
Marca: GameSir
Modelo: G5
Conexão: Bluetooth 5.0
Botões: 30
Plataforma: Android (Android 4.4 ou posterior)
Vibração: Não
Auto-fire e Modo Turbo: Sim
Bateria: 800mAh
Duração da Bateria: 10 horas
Tempo para Recarregar: 2 a 3 horas
Acima temos um monte de baboseiras que não tem tanta relevância para a maioria de nós meros consumidores de jogos, mas duas coisas aqui se destacam.
1. Ele conecta-se ao seu celular ou tablet via Bluetooth 5.0, ou seja, uma estabilidade gigante. O BT 5.0 possui uma velocidade de leitura ultra-rápida, é INSTANTÂNEO! Você liga o controle e o Bluetooth já se conecta ao celular no mesmo instante.
2. A bateria de 800mah diz ter uma autonomia de 10 horas, mas já passei das 12 horas de jogo e o aparelho ainda consta 2 luzes de carga ( o que indica entre 25 a 50% de bateria).
Obs: como ali já menciona ele não possui vibração, uma pena. Realmente não tem mesmo.
Esse é o ponto diferencial do controle. À primeira vista, você olha, olha de novo e pensa “tá o que eu vou fazer com isso agora”, pelas imagens já dá pra notar a quantidade de botões que ele possui. São mais de 30 botões, e é possível usar TODOS.
Na frente temos o trackpad, como já pode ser visto, mas vamos falar mais sobre ele depois. O G5 possui analógico esquerdo, que é super macio com uma precisão absurda. O D-pad é de 8 direções.
Acima do trackpad temos 4 botões, abaixo mais 4 botões, botão start, select, botão que mostra o nível de bateria, e o botão “mode” que você pode trocar de GameSir Input para Xbox Input. Como o próprio nome diz, para ele ser reconhecido no PC como um controle do Xbox One.
Como é de costume da Gamesir, temos o suporte para celular muito bem escondido, dando um charme ao aparelho. Dessa vez um pouco mais discreto, abaixo dele temos o botão turbo, e um botão para transformar seu GameSir G5 num ponteiro de mouse.
Se não bastasse isso tudo de botões, temos na parte de cima os tradicionais botões de “ombro”, e o “gatilhos”, que no caso do G5 são um diferencial.
Os gatilhos do G5 são botões mecânicos, e não botões com sistema de pressão. Eles possuem 1mm de profundidade de clique, que é ideal para quem joga FPS e não pode perder tempo afundando o gatilho. No gênero de jogos de tiro, a precisão é tudo. Além disso, temos mais dois botões extras: R4 e L4. Por último na traseira, encontramos mais dois botões: R5 e L5.
Com esse tanto e botões, é fácil pensar que não vai ter utilidade, mas logo a frente vamos ver. Calma.
Sobre a aparência, ele tem o estilo “Xbox”. Essa aparência acabou virando padrão na indústria dos games, mas a pegada o “feeling” dele, lembra muito mais o Pro controle do Nintendo Switch, pelo tamanho e peso.
Eu juro que tentei não comparar com o modelo anterior da GameSir, mas vai ser preciso. O G4s é muito mais bonito. Com botões retro iluminados, sabe aquela sensação de “controle gamer”?
No G5, isso não existe, tem a luz do centro do controle e as que indicam bateria, mas só na cor azul. O G4s era retro iluminado dando uma sensação mais premium.
O G5 infelizmente não passa essa impressão. O controle é muito preto, com botões cinzas, dando a impressão de um controle “apagado”, sem graça. O d-pad com seu visual “flat” também não ajuda. O resultado final é um design feio.
Aqui falamos sobre o hardware do G5, e é aquilo, padrão GameSir de qualidade, analógicos precisos, macios e de ótima qualidade. Muito superior a outras marcas de controles para celulares Android.
Como seu irmão G4s, o G5 é um controle com foco no “lagless” que é controles com o mínimo de delay. Ele possui um chip especial para isso, que aliado ao Bluetooth 5.0, deixam o input lag mínimo.
Em alguns jogos é possível configurar e aumentar os milissegundos (MS) do trackpad por estar muito baixo o input lag (sim, parece loucura falar isso, mas precisei aumentar o input lag para ter uma experiência melhor).
Aqui vemos as funcionalidades, então senta, pega uma pipoca pois com 30 botões, 1 trackpad o que não falta é funções nesse controle.
Ele se conecta principalmente via Bluetooth, o foco dele é smartphone, podendo usar no Android e iOS, e após uma atualização de software pode ser conectado também em PC via Bluetooth, mas vamos para o que interessa.
Começando pelo seu diferencial e todo o foco do seu marketing, O TRACKPAD.
Imagina que um pedaço da tela do seu celular se descolou e foi parar no seu controle… é isso o trackpad. É a melhor definição possível.
O Trackpad do G5 funciona como um trackpad de notebook, uma área sensível ao toque, que no caso do controle serve para simular o toque na tela do celular. Ele é muito preciso e se BEM CONFIGURADO (o calcanhar de Aquiles do controle), ele tem 2 funções primárias: o “button mode” e o “trackpad mode”.
E para explicar os 2 modos precisamos observar o controle:
Olhe na área do trackpad possui um pontinho, com um círculo e a letra dos botões padrão Xbox: “ABXY”. Assim a gente consegue definir os 2 tipos de função do trackpad.
O “button mode” é o primeiro modo que vamos analisar. Este modo faz aquela área ali funcionar como botões. Você bate o dedo na área e ela identifica como se fosse um dos botões pressionado (sabe quando você instala um emulador sem controle físico e usa o touch para “clicar” nos botões batendo o dedo na tela? Então é exatamente igual).
Com o “button mode”, é possível jogar games do gênero MOBA com um nível de gameplay melhorado. Ao ativar o modo, você “pressionar” um dos botões e manter pressionado, e toda a área em volta dele funciona como “mira”.
Para quem joga Arena of Valor (Android e iOS), por exemplo, entende o que estou explicando. Ao usar uma magia que requer mirar, você segura a magia e usa ela como um analógico para mirar.
A quantidade de botões frontais é enorme. Então é possível colocar muita coisa e habilitar quase tudo de um MOBA em algum botão do controle.
O “trackpad mode”, é o modo de usar o trackpad como “analógico direito virtual”. Esse é o grande desta que do controle. É aqui que a mágica acontece.
Neste modo, os botões ABXY são desativados. A área do Trackpad passa a ser reconhecida como uma área tátil. Cobrindo exatamente a função do controle da câmera em jogos de FPS.
Entretanto, e bato de novo nessa tecla, tudo precisa ser bem configurado.
Saindo do Trackpad (porque ele tem muitas funções extras ainda, mas se for falar apenas delas daria um livro “Trackpad : Os contos de um configurador de controles”), temos os botões que podem ser mapeados para inúmeras funções. São 8 botões na frente, usados p\ra trocar de arma, pegar itens, evoluir skills e etc.
O que você quiser usar como atalhos. E tudo isso só é possível graças a um pequeno “milagre” chamado GameSir World.
O G5 se conecta ao Android como gamepad genérico (HID), exatamente igual seu irmão mais velho. Isso acontece no modo “Button Mode”. Em outras palavras, o trackpad vai funcionar como botões normais, exatamente como qualquer outro controle para celular Android ou iOS.
Contudo, a partir do momento que eu fiz toda configuração com o aplicativo “GameSir World”, ele parou de funcionar no sistema, e funciona apenas com este app ativo (testei em outro celular, sem esse app e ele funciona como um gamepad normal).
Como ativar o trackpad mode pelo aplicativo GameSir World.
E eis que entra o salvador da pátria (de novo). Com essa grande quantidade de botões e funcionalidades, mas sem suporte no jogo, o Gamesir G5 seria reduzido há um mero controle normal para celulares Android.
Mas a GameSir pensou nisso e fez o aplicativo GameSir World. Um app que altera completamente as funcionalidades do G5. Transformando-o em algo superior aos gamepads convencionais. A magia acontece ao ativar o “Trackpad mode”.
Já vou deixar uma observação: o aplicativo GameSir World NÃO exige de Root.
Porém, ele precisa acessar áreas do sistema Android, para mapear a tela, e a Google, através do Play Protect, pode dizer que o app é nocivo. Mas pode instalar sem medo.
Afinal, não faz sentido adquirir o G5 sem utilizar o GameSir World.
Depois de instalar o app ele atualiza algumas pendências e pronto, você pode optar por 2 modos.
O primeiro deles é o G-Engine (mostrada no vídeo acima). O G-Engine emula o jogo rodando uma outra versão dele, mapeando a tela e adicionando o suporte ao controle. É um sistema muito parecido com o usado pelo aplicativo Optopus.
Basta conectar o controle, instalar as pendências, colocar para abrir o jogo via G-Engine no GameSir World, que surge as opções para mapear a tela.
Na China, esses modos de mapeamento de tela, são muito comuns e, por lá, a Tencent e outras empresas oferecem suporte, pois identificam o mapeamento de tela. Os jogadores chineses que usam esses mapeamentos são identificados e colocados em salas separadas nos games, exatamente como acontece por aqui com emuladores.
O mesmo não pode se dizer do ocidente. Então sim, você poderá ser banido se usar o G-Engine para jogar PUBG, Free Fire, Cyber Hunter e outros.
Contudo, se você quer algo mais “Try Hard”, você poderia usar um adaptador USB que a GameSir vendia separado o Remapper A2, e que custava uma pequena fortuna também.
Esse Remapper transforma o modo de mapeamento em algo nativo. Porém, como esse adaptador não é mais vendido, você pode fazer uma pequena gambiarra.
A GameSir colocou de forma nativa esse Remapper direto no controle GameSir G5, tudo de forma automática. Veja como.
Para isso, você primeiro precisa ativar o modo de depuração USB do celular e conectar o controle no celular via cabo para que o celular identifique que o controle é um dispositivo seguro e deixe você mapear a tela normalmente.
Daí sim, pode jogar seus games na versão normal, usar sua conta da Google Play e todo resto. Esse processo de conectar o cabo é apenas para ativação do controle ao sistema de depuração, depois de conectado, você pode tirar o cabo e jogar via Bluetooth.
O processo de ligar o cabo precisa ser feito toda vez que desligar o celular por completo ou seja se nunca desligar nunca mais precisará do cabo.
E tendo como informação esses 2 métodos de conexão o resto se resume a abrir o jogo e configurar. Você pode usar configurações compartilhadas por outros jogadores, criar as suas, modificar existentes, uma infinidade de possibilidades que depende apenas do seu estilo de jogo.
Fora tudo isso que foi mencionado, o GameSir G5 funciona como Powerbank e como Dockstation. Nos grips, em que seguramos o controle existe uma área removível. Nela, você irá ligar o cabo para ativar o modo depuração, e também pode ligar um mouse sem fio por exemplo, um HUD e ligar um teclado e mouse também.
É possível transformar o GameSir G5 em uma X1 BattleDock.
Após tudo isso você deve estar pensando “caralho esse é o controle p*ca das galáxias, o master power controller gaming ever”? A resposta é NÃO!
A ausência de botões físicos para o ABXY faz dele um controle não tão bom para emuladores, por exemplo. Você sente a falta dos botões, dá para quebrar um galho? Dá, mas não é a mesma coisa que um G4s.
Isso tudo poderia ter sido corrigido com uma simples modificação de design, colocar abaixo do Trackpad, no lugar do ABXY botões clicáveis. Seria algo assim, você clicava o Trackpad como botões físicos, já resolveria bastante alguns desses problemas.
Então se o seu foco for jogar em emuladores, o G5 pode não dar aquele feedback físico que é necessário para jogos antigos.
Alguém provavelmente deve estar pensando: “Ah mas as funcionalidades dele suprem essa deficiência de botões pra outros jogos, vou comprar esse controle e ser um deus no Free Fire”. Ehh… Não também.
O G5 não é um controle com foco no “plugar e jogar”. Ele não é um controle que você conecta e sai jogando feliz da vida. Você até pode baixar a configuração de outra pessoa. Mas já adianto, serão preciso horas para aprender a configurar e se acostumar com a jogabilidade.
Passei horas, olhem bem, horas configurando o Trackpad. Foi muito esforço para descobrir como ele funciona, aumentar sensibilidade, diminuir a sensibilidade, ajustar o input lag no trackpad, trocar o modo de botões para o modo Trackpad. Dá muito trabalho.
E para quê? No final, eu tive uma experiência apenas um pouco melhor que o touch da tela do celular. Em outras palavras, muito tempo e dinheiro gasto para ter uma experiência pouco melhor que a de antes, esse tempo eu poderia ter gasto jogando e aprimorando as habilidades que já possuo na tela touch.
A maior vantagem é jogar sem tocar em nada da tela. É possível jogar horas e não sentir aquecimento, ou jogar com o smartphone carregando, com total segurança.
Claro, todas as outras funcionalidades são um upgrade gigante, por exemplo, meu layout do Freefire é assim: mão esquerda com o dedo no analógico, botões de ombro e o de trás, o que me permite mirar, ativar o gel, botão de agachar, e andar, tudo sem precisar tirar um dedo do lugar. Na mão direita fica, atirar, pular, usar a mira, e correr, novamente sem precisar tirar um dedo do lugar, são coisas que deixam a jogabilidade mais “PRO”, mas não sei se tudo isso é valido para um “jogo de celular”, claro tem sempre a galera mais competitiva.
O problema é que para ser competitivo mesmo, os torneios NÃO permitem controle! Além disso, não há garantia de que você não seja banido. Mesmo ao usar o modo de trackpad via depuração USB.
Eu mesmo vi muitos reviews sobre o GameSir G5 antes de comprar, e comprei sabendo que nenhum youtuber, site e afins, havia analisado a fundo o controle.
Foi vergonhoso ver youtubers falando “esse é o controle definitivo para isso e aquilo” e ao mostrar a gameplay, e eles arrastavam todo trackpad pra mover um milímetro da mira, apenas fazendo propaganda patrocinada, eu como comprei o meu posso dar uma opinião sincera com toda experiência que estou tendo com ele. (Vai rolar mais tutoriais do G5 em breve).
Então após isso tudo que disse, pontuando pontos negativos e positivos, explicando da necessidade exagerada de uma configuração precisa, vale a pena comprar ele??
Sim vale, caso contrário eu mesmo não teria comprado. Brincadeiras a parte, é um controle caro? É um controle muito caro sim. É difícil configurar? Bota complicado nisso.
Mas ao mesmo tempo é um controle com uma qualidade e construção absurda, um controle, “PRO” de verdade, com botões e atalhos que fazem controles como do Xbox e PS4 ficarem no “cheirinho”.
Claro que a falta de um segundo analógico, aliado a falta de botões físicos fazem dele um péssimo controle para emulação. Mas para jogos MOBA/FPS/Battle Royale é que onde todo o foco dele se encontra é a melhor escolha para essa categoria. Como eu disse lá em cima “é um controle para tudo, mas não para todos”.
Então caso opte por comprar passe um tempinho no GameSir World, configure, não tenha medo de ir nas configurações de cada botão e aprender o que ela faz, por que no final, você terá um pequeno monstro em usabilidade.
+Prós
-Contras
[wp-review]
*O controle desse review foi comprado para uso próprio.
Algumas das imagens vieram do site GadgetExplained.
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