O mundo amanheceu com a notícia de que a Nvidia comprou a ARM por US$ 40 bilhões (cerca de R$ 211 bilhões).
A transação pode ter impactos profundos sobre a tecnologia móvel, já que ARM dita os padrões de arquitetura de CPUs nos smartphones há um bom tempo. Estaria a Nvidia se preparando para um futuro “Full Mobile” ou só quer ser dona da principal arquitetura do mercado móvel?
De acordo com a Nvidia, a operação teve como objetivo criar uma marca para a era da inteligência artificial e que possa chegar a mercados grandes e de alto crescimento.
Segundo o fundador e CEO da Nvidia, Jensen Huang, a “IA é a força de tecnologia mais poderosa de nosso tempo e lançou uma nova onda de computação. Nos próximos anos, trilhões de computadores criarão uma nova Internet das Coisas que é milhares de vezes maior do que a Internet das pessoas de hoje”.
A ARM Holdings desenvolve a arquitetura e a licencia para outras empresas como por exemplo: Apple, Samsung e Qualcomm. Essas fabricantes de chips, por sua vez, ficam livres para projetar seus próprios produtos, mas no geral, costumam implementar uma das arquiteturas da ARM – incluindo sistemas em chips (SoC) e sistemas em módulos (SoM). A ARM também projeta núcleos que implementam este conjunto de instruções e licencia esses projetos para várias empresas que incorporam esses projetos em seus próprios produtos.
Mas o nome da empresa não é ARM à toa. Ela significa diretamente a arquitetura Arm. Arm seria “Advanced RISC Machine”, originalmente “Acorn RISC Machine”. É uma família de arquiteturas de computação de conjunto de instruções reduzidas (RISC) para processadores em geral, mas que comumente é utilizada em dispositivos portáteis.
A arquitetura Arm virou um padrão da indústria. Porém, fabricantes como Apple, Samsung e Qualcomm utilizam apenas as instruções e design da ARM na CPU, mas usam GPUs próprias.
Segundo a Nvidia, o foco da aquisição será na pesquisa e desenvolvimento de IA, com um investimento pesado em um centro de pesquisa na Inglaterra (Sede da ARM) e cujo resultados terá impacto na robótica, sistemas de saúde e carros autônomos.
Apesar de parecer sem impacto para o mercado mobile, a aquisição da ARM pode fazer com que as fabricantes se mexam e dependam menos da ARM na hora de projetar seus CPUs. Apesar da promessa de neutralidade da Nvidia, muita gente viu com desconfiança a operação. Inclusive o cofundador da ARM, Hermann Hauser, que acredita que a Nvidia quer “destruir” a ARM.
Fonte: Nvidia
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Legal essas informações sobre os bastidores