Existe um conflito no mundo dos games atualmente. Quanto mais o tempo passa, mais e mais pessoas passam a jogar nos seus smartphones.
Em 2021, o mercado de games mobile já quase 50% do total da receita com jogos eletrônicos. Quase 50% de cada centavo gasto no mundo dos games, é em um jogo de celular. Ao incluir os tablets também, o número ultrapassa os 50%.
Isso faz qualquer um pensar: “nossa, a E3 de 2021 deve ter sido full mobile”.
Foi completamente o oposto.
Já faz um tempo que os jogos de celular causam reboliço em qualquer evento de games.
Basta lembrar da repercussão da fatídica Blizzcon em que foi anunciado Diablo Immortal.
A confusão e aversão ao título, por parte dos fãs, foi tão grande, que a Blizzard até parece ter adiado o jogo indefinidamente (embora saibamos que ele sai este ano).
A lição parece ter sido aprendida.
Desenvolvedores aprenderam a não apenas, não anunciar seus jogos mobile nos eventos, como a esconder qualquer menção a palavra mobile.
Foi o que fez a Microsoft com o xCloud.
Cerca de 30 jogos lançamentos que foram anunciados para o Game Pass e para o xCloud, mas a publicadora fez questão de não enfatizar que eles podem ser jogados pelo celular. xCloud era mencionado como uma pequena nota de rodapé.
Uma das únicas produtoras a mostrar games mobile no evento foi a Square Enix.
A produtora mostrou o já revelado Final Fantasy VII First Soldier, um Battle Royale que já está em teste beta e que já testamos ele. Caso você ainda não tenha jogado o game, poderá testar ele através deste link.
Também tivemos a “revelação”, a qual já postamos aqui, de que Nier Reincarnation irá chegar ao ocidente ainda em 2021.
Mas a novidade viria mesmo com o anúncio dos “pixel-remaster” de Final Fantasy do 1 ou 6.
Recentemente, a Square Enix renomeou Final Fantasy III e IV na Google Play e App Store como “3D remake”.
E ficou nisso, mas nada foi anunciado para mobile.
Pixel Remaster com certeza será baseado em um trabalho que a Square, e acho que 90% das produtoras de JRPG 2D estão fazendo atualmente, que são jogos 2.5D (3D com jogabilidade 2D) com uma pegada de sombreamento e iluminação de pixel belíssimo.
Veja um exemplo para ilustrar isso seria o remake de Dragon Quest III feito pela própria Square.
Eu até entendo que muitos jogadores de console e PC não se sentem à vontade com jogos mobile sendo apresentados em eventos principais.
Ainda mais quando boa parte do que é apresentado sempre são jogos que buscam lucrar fácil no imenso oceano de dinheiro e compras embutidas que existem nos jogos mobile. Pode ter certeza, a culpa é mais do “tato ruim” das produtoras, do que dos desenvolvedores e do público que joga no celular.
É uma questão cultural. No ocidente, há essa resistência aos games mobile. Porém, em países como China e Japão, essa resistência é bem menor. Não é à toa que desenvolvedores dessas regiões tem se saído melhor em converter os anseios dos jogadores por games por games cada vez mais imersivos.
A “E3 Mobile” já existe, mas não nos Estados Unidos… Eventos como NetEase Connect 2021, Spark More (Tencent), LPG 2021 (Line Games) e muitos outros que são realizados na China e Coreia do Sul.
Com informações de: GameIndustry.
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