A longa queda de braço entre a Riot e a Mooton parece ter chegado ao fim, pelo menos nos Estados Unidos. O último processo que denunciava o game Mobile Legends de ter se “inspirado demais” em League of Legends foi rejeitado pela corte americana.
Segundo o juiz que mediou o caso, a disputa entre as duas empresas deve ser resolvida na China.
A ordem de arquivamento do caso foi concedida após uma apresentação da Shanguai Moonton (Moonton Games) solicitando para que o caso fosse movido para um tribunal mais apropriado. A Riot se opôs a moção em três pontos separados incluindo até “restrições de prova e Covid-19”, mas o juiz rejeitou todos os argumentos.
Vale lembrar que a Riot é agora uma empresa do conglomerado chinês Tencent, que não está interessada nessa briga, haja vista que ela mesmo também fez a sua “cópia fortemente inspirada” em League of Legends. Ainda segundo o tribunal, seria “injusto permitir que Riot e Tencent abrissem duas frentes nessa guerra a menos que a Tencent decida representar os dois lados”.
Entre as queixas da Riot sobre o rumo que o caso tomaria na China, estão as leis que iriam beneficiar injustamente a Mooton.
O processo foi indeferido sem prejuízo, e a decisão afirma que: “se os obstáculos probatórios na China forem genuinamente fatais para certos das reivindicações da Riot (ou seja, em relação aos trailers promocionais removidos de [Mobile Legends: Bang Bang]), a Riot pode entrar com uma ação especificamente sobre essas reivindicações neste tribunal.”
Essa briga entre Riot e Moonton Games remonta a 2017 e incluiu dois jogos: “Mobile Legends: 5v5 MOBA” e “Magic Rush: Heroes”.
A Riot disse em um processo em 2017 que Moonton “desenvolveu e distribuiu uma sucessão de jogos para celular projetados para negociar a propriedade intelectual bem conhecida e valiosa da Riot”, e que quando a Riot reclamou da violação, Moonton removeu o jogo da distribuição, mas depois re-lançou, com algumas “modestas mudanças”, como Mobile Legends: Bang Bang.
A Riot chegou a vencer em primeira instância o processo em 2018, mas isso não retirou o direito da Mooton de recorrer, que foi oque de fato aconteceu. E a Moonton acabou vencendo o processo nos EUA.
Esse processo também foi arquivado pelo mesmo motivo deste, decisão referenciada pelo juiz nesta decisão. “A questão é se as circunstâncias realmente mudaram em relação às que existiam em 2017 ou se a Riot simplesmente busca uma segunda mordida na maçã, insatisfeita com o progresso (ou falta dele) no litígio paralelo da China ainda em andamento”.
A Riot, é claro não ficou nem um pouco contente. Segundo um representante dela falou em um e-mail a PC Gamer: “Discordamos fortemente da decisão do tribunal e, especialmente, de sua conclusão preocupante de que a China é um ‘fórum alternativo adequado’ para uma empresa americana prosseguir com suas reivindicações de violação de direitos autorais que ocorreram nos EUA”.
Ainda segundo o representante da Riot Games: “A ideia de ter cidadãos dos EUA solicitando vistos M5 para voar para o exterior a fim de pedir a um tribunal chinês alívio em relação a obras que foram criadas e infringidas nos EUA – desafia o senso comum. Além disso, o jogo de imitação de Moonton nem está disponível na China. Estamos explorando todas as opções possíveis, incluindo um recurso.”.
Fonte: PC Gamer
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