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Warzone Mobile chega “muito pesado” e jogadores reclamam

Um desastre completo, assim pode ser definido o lançamento de Call of Duty Warzone Mobile. O aguardado game de Battle Royale chegou bastante exigente em termos de poder de processamento e se mostrou tolerante apenas com dispositivos top de linha.

COD Warzone Mobile sofrendo para rodar acima dos 40 FPS em um POCO F3.

 

 

Os jogadores reclamam, e com razão que o jogo chegou muito pesado e que ele está disponível em sua melhor forma apenas em dispositivos “high end”.

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Dentre as reclamações, estão de que os gráficos estão borrados.

 

 

Outros reclamam de bugs nas animações dos personagens:

 

Uma treta foi criada para mostrar que o lançamento de Warzone Mobile foi o “pior da história” de um jogo mobile.

 

Isso foi um exagero, e aqui está o porquê.

 

Tops de linha rodam bem, mas também esquentam

Uma dura realidade se descortina tanto para os fãs como para a própria Activision, Warzone Mobile e sua “progressão cruzada” se revelou um grande desafio técnico para os desenvolvedores.

O aguardado game para celular chegou muito exigente. Até mesmo dispositivos “high end” estão sofrendo para jogar com uma boa taxa de quadros.

Não se engane com haters na internet. Os dispositivos iPhone 14, 14 Pro Max, Redmagic 9S Pro, S24 Ultra e outros smartphones top de linha da atualidade rodam sim Warzone Mobile na configuração Alto ou “Pico” a 60 FPS. Entretanto, o consumo de energia está preocupante.

Abaixo, está um vídeo do canal Dan Tech mostrando o desempenho do jogo nos dois principais smartphones topo de linha da atualidade, iPhone 14 Pro Max e Samsung S24 Ultra. Nos dois, o jogo roda basicamente a 60 FPS.

 

Galaxy S24 Ultra vs iPhone 15 Pro Max Warzone Mobile FPS Gaming Test! Did Android just BEAT iPhone!?

Usuários no X relatam uma perda de 20% a 30% de bateria entre partidas, o que resulta em torrar a bateria do smartphone em menos de 2 horas. Isso não é recomendado. Infelizmente, o game não permite reduzir mais os gráficos em dispositivos top ou intermediários.

Em nossos testes em um POCO F3 e um iPad Air com M1, os aparelhos conseguiram rodar o game a 60 FPS, mas a custo de muito aquecimento e muita bateria. No caso do POCO F3 foi necessário um cooler para manter o FPS, do contrário, o desempenho cai para algo entre 40-50 FPS.

No iPad Air com chip M1, capaz de rodas games como Resident Evil 4 Remake e Death Stranding, Warzone Mobile chegou a ter quedas bruscas de frames, caindo para os 30 FPS na configuração gráfica “Pico” (a máxima), com isso, o recomendado é jogar mesmo na configuração “Alta”.

 

 

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Curiosamente acessível em dispositivos mais fracos

Caso você não saiba, Warzone Mobile possui recurso de resolução dinâmica para manter o FPS, é por isso que o jogo está disponível em dispositivos “mais fracos”.

Esse recurso de resolução dinâmica é habilitado no menu de configurações na opção que escolhe priorizar “taxa de quadros”.

Também é por causa dessa resolução dinâmica que os gráficos do jogo ficam “borrados” depois de um tempo jogando.

Nesses dispositivos, a Activision travou a configuração gráfica no baixo a 30 FPS possibilitando que jogadores experimentem o game até mesmo em smartphones com baixo poder de processamento.

Embora tal medida se mostre necessária, o jogo roda de forma extremamente sofrível nesses smartphones, de modo que em vários momentos, é difícil até ver o que está acontecendo na tela.

 

Uma dura realidade para lançamentos futuros

Warzone Mobile trouxe uma dura realidade que muitos não queriam ter que encarar: os jogos que são “jogáveis” apenas em dispositivos top de linha.

E calma, que top de linha não são smartphones com Snapdragon 865 ou, 870. Na realidade, esses já tem o poder de processamento inferior a um intermediário atual como o POCO F5.

Sim, isso mesmo um POCO F5 ou xxxx são smartphones intermediário premium, mas ainda assim, dentro da faixa dos intermediários. Os celulares top de linha da atualidade utilizam Snapdragon Gen 3.

Existe uma mentalidade de muitos jogadores que parece estar congelada em 2020 ainda, quando o Snapdragon 865 era top de linha. Não é mais, e não chega ao patamar dos intermediários atuais como Snapdragon 7+ Gen 2 e Dimensity 8300 Ultra da MediaTek.

Warzone Mobile mostrou uma realidade que muitos não queriam ver. A de que a era de ouro dos Snapdragon 865 e 870 passou, e que é preciso ter pelo menos um Snapdragon 7+ gen 2 ou equivalente para curtir os próximos games com gráfico no máximo nos próximos anos.

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