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Posso usar gatilho no Free Fire, COD e PUBG Mobile sem ser punido? Entenda a polêmica!

Gatilhos são perfeitamente legais, desde que você não use com outras “ajudas”.

Você provavelmente já viu esses acessórios físicos conhecidos como gatilhos (ou trigger buttons) para celulares.  Com versões com modelos manuais e eletrônicos, os gatilhos ajuda bastante a deixar a jogatina mais confortável em jogos de tiro.

Mas será que eles são legais? Posso usar sem medo?

Nesse artigo vou explicar por que a maioria dos gatilhos são legais e quando você não deve usá-los.

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Afinal, usar gatilhos em jogos como PUBG Mobile ou Free Fire dá ban? A gente responde.

 

 


O que é gatilho para jogos mobile?

Gatilhos para jogos mobile são esses acessórios físicos que você encaixa no celular para facilitar a jogabilidade em jogos de tiro como PUBG Mobile, Free Fire, COD Mobile  e outros. Eles costumam ser acoplados na parte superior do aparelho, atuando como botões extras que tocam na tela quando pressionados. Dessa forma, você consegue atirar ou mirar mais rapidamente, sem precisar reposicionar os dedos.

Os gatilhos tocam na tela simulando o pressionar de um dedo humano, geralmente sendo usados no botão de mira e disparo.

Esse tipo de acessório é muito popular por facilidade a jogabilidade e entregar facilmente uma agilidade que apenas jogadores pro-players teriam ao jogar com os 4 dedos na tela.

Eu considero os gatilhos uma das melhores invenções para deixar a jogatina confortável em games de tiro. É muito prático e fácil de usar.

Tipos de gatilhos:

Existem três tipos de gatilhos:

  1. os mecânicos, que são peças feitas em plástico com arames, molas e engrenagem que tocam na tela
  2. os eletrônicos que tocam na tela eletronicamente simulando o toque humano.
  3. os virtuais que são botões touch que vem na lateral de smartphones gamers.
  • Principais vantagens: maior precisão, menos dedos na tela, mais rapidez nos disparos e melhor ergonomia.
  • Principais desvantagens: custo adicional, possíveis incompatibilidades com a capinha do celular e risco de mau contato dependendo do modelo.
Exemplo de gatilho físico acoplado na lateral de um Lenovo ZUK Z2.

 

Exemplo de um gatilho eletrônico acoplado em um smartphone POCO F3.

 

Exemplo de botão capacitivo que simula gatilho na lateral de um Lenovo Legion

 


Usar gatilho no celular dá ban?

Não! Usar gatilho no celular não dá ban, pelo simples fato que existem vários modelos de smartphones gamers que possuem gatilhos embutidos como RedMagic 10 Pro, Asus ROG Phone, POCO F4 GT , Lenovo Legion, dentre outros.

A polêmica gira em torno mesmo é da configuração do gatilho.

 


O que pode dar ban é o Modo Turbo

O que pode causar banimento é o uso de gatilhos eletrônicos com a função “turbo” ativada. Isso pode ser confundido com “macro” que é algo passível de banimento em jogos mobile.

Por exemplo, alguns gatilhos como o GameSir Falcon possuem um botão turbo que pode ser configurado para modo “rajada” ou modo “turbo” onde o botão vai pressionar o botão de disparo de modo cadenciada e automática.

O modo turbo em gatilhos assim, recaem sobre o conceito “tiros automáticos”, que é uma prática utilizada em macros e que pode gerar banimento.

 

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Usar gatilhos é justo com outros jogadores?

Essa polêmica gira em torno do conceito de fair play (jogo justo). Enquanto alguns jogadores argumentam que gatilhos oferecem vantagem injusta, outros veem o acessório como uma extensão de controles físicos, tal qual existem em consoles.

Eu costumo pensar que é justo, pois é algo que jogadores com mais habilidade ou usuários de tablet conseguem fazer facilmente, que é jogar com um hud de quatro dedos (ou seja, 4 dedos na tela). Desde é claro, que não seja usada a função “turbo”.

Gatilhos para jogos mobile fazem exatamente isso, permitem que você  faça um hub de 4 dedos, sem ter muito coordenação motora, ou sem precisar de uma tela maior para isso.

Uma polêmica muito maior é o uso de iPads Pro em jogos de tiro mobile, esse sim, permitem duas vantagens, o tamanho da tela (possibilitando o hud de 4 dedos facilmente) e jogar a 120hz. Em ambos os casos, nunca vi o banimento de ninguém por usar hud de 4 dedos e nem iPads com 120hz.

Dito isso, é preciso diferenciar gatilhos de macros e softwares externos. Esses dois últimos sim, causam banimento. Confira abaixo.

Gatilho é permitido pelas desenvolvedoras?

No geral, não há uma proibição explícita sobre o uso de gatilhos físicos em jogos mobile como Free Fire, COD e PUBG Mobile. As empresas (Garena e Tencent, por exemplo) concentram-se em punir hacks ou trapaças de software que alteram a jogabilidade de forma injusta (como aimbot, wallhack ou scripts automáticos).

No entanto, vale considerar:

  • Termos de Uso: Sempre verifique se existe alguma menção específica sobre acessórios físicos ou “dispositivos externos” que possam ser considerados trapaça.
  • Atualizações futuras: As regras podem mudar. Esteja atento a comunicados oficiais e patch notes.

 


Entenda as diferenças entre Gatilhos e Mobilizadores

Usar gatilho não é considerado hack e não há um histórico de bans por parte das empresas de jogos especificamente para esse tipo de acessório. Porém, é fundamental não confundir gatilhos físicos (que apenas pressionam a tela) com dispositivos que alteram o software ou enviam comandos automatizados.

  • Gatilhos físicos: Tecnicamente, eles não burlam o sistema, apenas reproduzem seu toque na tela.
  • Mouse e teclados (mobilizadores) : Alguns jogadores usam emuladores ou adaptadores para jogar com mouse e teclado em partidas mobile, o que pode oferecer vantagem considerável e, em certos casos, resultar em punições.
  • Dispositivos com macros: Caso o acessório inclua funções de macro (tiros automáticos, recarga instantânea etc.), aí sim pode ser configurado como trapaça, pois é um software/hardware que automatiza ações.

 


Vale a pena usar gatilho em jogos mobile?

Vantagens:

  1. Maior controle: Você pode atirar e mirar simultaneamente sem ter que deslizar o dedo pela tela.
  2. Conforto: Durante longas sessões de jogo, especialmente em Battle Royales, o gatilho pode reduzir o desconforto nas mãos.
  3. Melhora da performance: Com treino e adaptação, você pode se sair melhor em trocas de tiro.

Desvantagens:

  1. Custo: É um investimento que varia de acordo com a marca e a qualidade do gatilho.
  2. Adaptabilidade: Alguns jogadores podem precisar de um tempo para se acostumar ao novo estilo de controle.
  3. Compatibilidade: Dependendo do modelo do celular (e da capinha), é possível que o gatilho não se encaixe corretamente, atrapalhando a jogabilidade ou até danificando o aparelho.

 


Dicas para usar gatilho sem preocupações

  1. Compre de marcas confiáveis: Evite produtos de procedência duvidosa que possam estragar a tela ou não funcionar corretamente.
  2. Verifique se não há macros: Priorize modelos simples, que apenas pressionam a tela, para não correr riscos de violar regras do jogo.
  3. Respeite o fair play: Mesmo que o gatilho seja permitido, lembre-se de que a jogabilidade depende muito da sua habilidade, estratégia e trabalho em equipe.
  4. Fique de olho em atualizações: Siga as redes sociais e sites oficiais dos jogos para conferir possíveis mudanças nas políticas de uso de acessórios.

 


Conclusão

O uso de gatilhos em Free Fire, COD e PUBG Mobile não é, até o momento, considerado um ato punível pelas desenvolvedoras. O acessório é fundamentalmente um dispositivo físico que apenas replica o toque do jogador, sem interferir no software ou nas regras de jogabilidade. No entanto, é crucial permanecer atento às políticas oficiais dos jogos e evitar qualquer tipo de acessório que automatize ações ou altere o código do game.

Em resumo, se você busca mais conforto e precisão, os gatilhos podem ser uma boa opção. Por outro lado, lembre-se de que não existe acessório capaz de substituir treino, estratégia e trabalho em equipe em jogos competitivos. Portanto, utilize-os com responsabilidade e divirta-se ao máximo nos campos de batalha virtuais, sem riscos de ser punido!

 

 

 

Dario Coutinho

O "Gamer de Celular" Original. Criou um dos primeiros sites sobre jogos para celular em 2007, que viria a se tornar o Mobile Gamer Brasil em 2009. Formado em Ciência da Computação, escreve sobre tecnologia há mais de 16 anos. Com passagem por revistas de games (EGW, Arkade) e sites renomados como Techtudo. E-mail para contato: dario@mobilegamer.com.br

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