Já notou como a imprensa especializada faz um carnaval sobre a ideia de termos um console com Android, seja essa ideia de “mesa” como o OUYA ou “portátil” como o Nvidia Shield. Basta sair qualquer novidade mínima que está em todos os meios e comunicação! Por quê? Lembre-se esses consoles não tem jogos exclusivos fantásticos, nem tem foco em grandes públicos, então por que todo mundo “pira na ideia”?
A princípio não achava que seja pela simples ideia do sistema mobile mais popular do mercado, que é do Google, chegar ao um novo mercado com os dois pés, já que atualmente, com os smartphones, o Android esteja com um pé no “gaming”. Mas essa, que poderia ser a resposta, cai por terra como o Nexus Q, um aparelho multimídia anunciado e cancelado pelo Google. Com a capacidade de ser conectado a TV, o Nexus Q estava um “tantinho assim” de ser o console com Android e lançado oficialmente pelo Google que todos… temiam?
Talvez seja pelo imenso marketing utilizado nas campanhas para Ouya e Shield, que estão em toda parte? Só que não! Tanto o Ouya como Shield praticamente não investiram em marketing e os aparelhos são lançados em partes remotas do planeta com estoques minúsculos que fazem com coisas assim aconteçam.
As fabricantes não importarão se der errado
A histeria da indústria com OUYA, Shield e derivados continua. E no meu pensamento, isso pode ser mesmo vontade de ver “o circo pegar fogo”, por que não há outra explicação. Ambos os projetos principais que encabeçam a lista de “novas coisas com Android” beiram a experimentalismo. Ninguém está se arriscando.
A equipe do OUYA já está trabalhando em uma nova versão da “caixinha” sem a menor preocupação com o ódio de “early adopters (veja gif abaixo)”, a imprensa e etc. A ideia de um console focado em geeks desenvolvedores não faz dele um console “para as massas”. Pelo contrário, o OUYA NÃO foi concebido para ser um console para mercado emergentes com preço barato e etc. Ele foi pensado para ser um “Raspberry Pi” mas bem acabado. Ou seja, eles nunca miraram em vender o OUYA como brinquedo para crianças no Natal.
Isso não é só uma leitura completamente errada do ponto de vista dos clientes sobre o que é o produto. Mas é também, uma leitura errada dos criadores do OUYA que lançaram um produto ao qual algum público tinha interesse, mas não era o de países do primeiro mundo ou pessoas com condições de comprar videogames de última geração.
Já na Nvidia, até ela mesma, se enrola na hora de dizer “para que serve o Shield”. A equipe que desenvolveu o Shield também é pequena, assim como o suporte e o branding envolvido. O console como hardware é super interessante, mas lançá-lo sem nenhum apelo como, jogos exclusivos e preço baixo, faz do Shield uma das piores opções de compra para quem quer jogar games do Android.
O experimentalismo é tanto que nenhuma dessas duas empresas estão realmente preocupadas se ambos forem um completo fracasso. Todos na OUYA já possuem carreira no seguimento de games e o projeto do OUYA, se falhar, será comentado como “apenas uma ideia que parecia legal” pelos seus desenvolvedores. Na Nvidia, o Shield poderia ser facilmente descartado como uma “placa que não deu certo”.
Diferenças entre lançar um produto e investir em um novo mercado
Há uma diferença muito grande entre quem lança um produto novo e quem investe em um novo seguimento. Um exemplo foi o que a Apple fez ao lançar o smartphone iPhone. Antes mesmo de pensar em por o produto na linha de produção a Apple estudou minuciosamente o mercado e investiu alto no desenvolvimento de software para que o iPhone conseguisse criar um ecossistema própria, como ela tinha feito como o Mac.
Pequenas empresas como OUYA poderiam fazer isso? Poderiam, bastava ter mais comprometimento com a demanda gerada.
Enquanto não surgir uma empresa, disposta a compra a ideia de um console com Android, desenvolver excelentes soluções para diversão, sem barrar o Google Play, oferecer um suporte a controles tão digno e nos mercados que realmente importam, os emergentes (afinal do que adianta consoles baratos em países que qualquer um compra um Xbox), não veremos uma caixinha com Android tão cedo na sala de estar.
O Shield eu vi que teriam alguns exclusivos, mas nem cheguei a ver sobre que gênero que os jogos eram, a ideia é legal, mas seria necessário um grande foco nele, pois já existe o PSVita e 3DS, e também muitas pessoas que tem um smartphone que aguenta a pancada para rodar o jogo. Na minha opinião, talvez essa geração de videogames possa ser a ultima, graças ao Streaming. A nVidia tem o GRID, a Sony tem Gankai… Porém é necessário uma conexão de internet boa, coisa difícil no Brasil. Mas muita gente ama edição física dos jogos, porque é bonito ter uma coleção em mãos e tal, sem falar das edições especiais, algo que faz matar a ideia de que essa seja a ultima geração. Enfim, somente daqui 9 anos para ver o que irá acontecer.
Eu duvido muito que o streaming se torne algo viável ainda na próxima década. O menor dos problemas para esse modelo de jogos seria a conexão de internet, mas sim a latência (o tempo de interpretação e resposta de um comando em ambos os lados), que é muito mais difícil de se consertar, pois não depende das companhias de internet mas dos servidores em si. Além disso, seu sucesso vai ser sua própria destruição, pois a partir do momento que os serviços de streaming se tornarem comuns e o número de consumidores crescer, o preço pela conexão de internet vai pelos ares. Além do mais, o streaming causa muita disconfiança entre os jogadores pela duvida sobre o que acontece com seus jogos se você decidir migrar para outro serviço ou se quando o serviço acabar, você teria alguma forma de conseguir seus jogos de volta. Hoje a Nintendo vende vários de seus jogos no WiiU e 3DS em formato digital logo ao lado das versões físicas. Na PSN+ você ganha jogos inicialmente lançados na caixa em formato digital. Com o Games on Demand da XBLA você compra versões digitais de jogos físicos. Até mesmo a microsoft parece reconhecer que esse é o futuro quando olhamos para o Xbox One, onde o disco é praticamente inutil, já que se pode jogar sem o BluRay todo conteúdo é instalado no hd.
O formato de jogos via download parece ser o futuro mais garantido em frente as outras opções, tanto para os consumidores quanto para as empresas.
discordo de algumas coisas como : a nvidia tem investido em publicidade para o shild, este console portatil já apareceu até em um seriado de TV
e o OUYA não tem muitos milhôes para investir em publicidade ,
e sobre a a google play no dispositivo eu tb achava besteira não ter, achava que era ruim não ter
Mais vi uns videos de games no OUYA e percebi porque é necessário uma loja propria, o jogo tem que estar adaptado a controle , jogar games de smartphones direto para um console é burrice, e torna o jogo não adaptado ao console, e esta adaptação é facil , mais a google play não fornece ! só uma loja própria para fornecer
Não vejo essa publicidade do Shield. Tanto é, que o Shield foi “esquecido” pela imprensa. Ele e o Ouya (que não passou das 100mil unidades, imagine o shield) . E depois do anúncio da Sony com o PS Vita TV, acho que o público em geral vai esquecer os dois rapidinho.
Ambos tinham o seu apelo, mas esse mercado é rápido, as coisas já estão bem diferentes de quando Ouya e Shield foram anunciados. A começar como Chromecast e agora com o PS Vita TV.
O post recente do pessoal do Kotaku, que só agora recebeu a versão de desenvolvimento (a primeira), é revelador. Ele mostra como o console não será nada do que as pessoas imaginaram. Para quem pensou no paraíso Indie pode esquecer. Quem também imaginou uma distribuição global… pode esquecer. Vai virar um produto com um nicho menor que os consoles portáteis, muito menor.
Minha avaliação é que o caminho seguido pelo Ouya em sua pequena publicidade foi errado. Saiu até um comercial de péssimo gosto criticando jogos pagos. Um “tiro no pé ” para os desenvolvedores.
As pessoas não entendem que lançar um produto não é só ter uma boa ideia, mais da metade do trabalho será “vender o peixe”.
Acho que o Ouya não teria futuro por vários motivos como: utilizar Android (o período de atualização do software e dos jogos fazem com que o Ouya rapidamente se torne ultrapassado e criar um a cada ano não é a solução) e claro ter sido criado para ser console (mesmo o Android chamar alguma atenção e o preço do Ouya ser tentador, muita gente não comprou a ideia de que possa comprar outros consoles além dos da última geração)
Esse tal de Shield para mim nasceu morto. Qual foi o objetivo da Nvidia ao fazer isso? Concorrer com o Vita? Acho que em um mercado onde muitos tablets e poderosos smartphones existem, um portátil dedicado só a jogos não é necessário.
O Ouya não foi criado com o consumido médio em vista, mas sim nos desenvolvedores, que teriam uma plataforma diferenciada, barata, e com desenvolvimento de jogos com baixo custo.
O erro nesse mercado é vender console com Android como “brinquedo para geeks” quando parece mais “brinquedo” mesmo. Podem inventar qualquer console com Android, no cenário atual do mercado ele não seria encarado com seriedade. Nem pelos clientes, nem pelos desenvolvedores.
O grande erro é querer vender consoles com Android para quem já tem console. O público para um console barato e com jogos “grátis” é essencialmente crianças ou “não gamers”.
O shield seria uma boa se pudesse concorrer com 3DS e Vita, gerando assim uma nova competição, isso é claro se os jogos fossem multiplataforma. Fora que o design não agradou muito. Pra mim, o melhor design de todos ainda é do psp/vita, mas o vita me decepcionou com o tamanho dos botões e na variedade dos jogos. Agora ninguém precisa de um console de mão que rode android. Quem já tem um smart e quer jogar, basta comprar um controle bluetooth. Os smarts mais tops rodam os jogos mais pesados numa boa, inclusive emulam psp e psone. Um smart ou tablet top + um controle moga pro + microsd 64gb classe 10 resolvem isso. E vc anda anda com menos coisa na rua.
Concordo, o que eles tem que acertar mesmo é no padronização dos controles e oferecer mais suporte. Um dos melhores que eu já usei foi o MOGA. Porém a baixa compatibilidade com jogos é decepcionante. Tem que entrar alguém de peso para os estúdios comprarem a ideia.