Está sendo muito engraçado acompanhar a perplexidade dos consumidores que utilizam apenas iPhone, acostumarem-se a dispositivos com tela grande, no caso, o novíssimo iPhone 6 Plus. As “teorias” para os usos de uma tela grande vão desde edição de vídeos até “um aparelho dedicado para profissionais”. Você que é usuário do Android e leu isso, é ou não é para rir?
Vamos recapitular um pouco. Antes do lançamento do iPhone 6 e 6 Plus, a Apple tinha uma posição rígida com relação a tela do iPhone. Segundo ela, o iPhone tinha o tamanho de tela ideal para um celular. Ela até lançou um anúncio declarando isso. Algo que a Apple não contava, é que a revolução da segunda geração de smartphones, que ela mesmo começou, se desdobraria para além da tela do iPhone, literalmente.
https://www.youtube.com/watch?v=O99m7lebirE
Hoje em dia, quem utiliza smartphone apenas para acesso à web e fotos? As pessoas fazem TUDO no smartphone. E mais, elas querem fazer tudo mesmo, dispensando outros aparelhos, dentre eles PC e Tablets. Acredito que até o termo smartphone precisa ser redefinido, porque atualmente o que as pessoas procuram é um computador de bolso. São justamente esses consumidores, que querem fazer de tudo no smartphone, os principais interessados em aparelhos com telas grandes. Pois a ideia é que ao invés de carregar dois aparelhos, a pessoa passe a andar com apenas um.
– Quem é o Target?
Entretanto, esse não é o único público-alvo dos smartphones “grandões”, ou foblets. O público que procura smartphones com essa característica é bastante diversificado, vai desde o geek até a patricinha que procura apenas ostentar. Aliás, o público feminino é um dos grandes consumidores de celulares com telas grandes. Quer uma prova? Vou apresentar duas! A primeira é o Samsung Galaxy Grand Duos, um aparelho intermediário com especificações fracas e tela enorme. O Grand Duos é um dos aparelhos mais vendidos da Samsung e bastante procurado. A outra prova são as versões, “de luxo” do Galaxy Note 4.
Ainda com relação às consumidoras de telas grandes, o que mais vejo, ao andar pelas ruas, são mulheres com smartphones grandes. Ao questionar qualquer uma delas, as respostas são sempre as mesmas: “É mais fácil de digitar com o smart na posição vertical”, “chama atenção”, “é melhor pra ver as coisas”, “não uso mais o notebook” e outras justificativas.
A questão da “ostentação”, merece destaque. Aqui no Brasil, existe uma boa parcela de consumidores insatisfeitos com a “discrição” dos modelos anteriores. Essa discrição, apreciada por boa parte de quem gosta apenas de especificações e usabilidade, não é admirada por quem compra um smartphone em busca de “status social”. Ou seja, os modelos antigos de iPhones eram facilmente ofuscados pelas telas grandes dos concorrentes, como Samsung Galaxy S5.
– Tentando recuperar o terreno perdido
É notória a perplexidade dos usuários da maçã frente a algo que parece “novo”, mas na verdade é algo antigo (O primeiro smartphone a quebrar a barreira das cinco polegadas foi o Galaxy Note). No vídeo abaixo, recentemente lançado pelo pessoal do canal “Loop Infinito”, especializado no “mundo Apple”, chega a ser cômico ver eles discutindo os possíveis usos para a “nova” tela grande do iPhone 6 Plus. Os apresentadores chegam a dizer que o aparelho não é recomendado para o usuário comum… vê se pode?
Não existe essa de tamanho de tela ideal. Do mesmo modo que o mercado de TVs, quem vai definir o tamanho da tela é o consumidor e não a fabricante. O ramo da mobilidade hoje só comprova um pensamento bem antigo relacionado à internet, era um pensamento de que ela estaria em todos os lugares, e o que iria variar, seria o tamanho da tela. Hoje usamos a internet, no PC, Tablet, TV, smartphone de vários tamanhos e futuramente relógios e óculos.
A obrigação das fabricantes de smartphone é fornecer várias opções de tela para o consumidor, assim como fazem as fabricantes de TV. Isso é algo que a Apple está cumprindo só agora, ou seja, está atrasada alguns anos em relação aos concorrentes.
Porém, esse atraso em relação às concorrentes é apenas um sintoma da nova administração da Apple. Minha crítica aqui é com relação ao “conta-gotas” da inovação, que a Apple está utilizando desde 2011. Depois da morte de Steve Jobs, a empresa de Cupertino vem administrando os “upgrades” do iPhone de maneira muito modesta. Sempre tentando vender algo “novo” no ano seguinte. Chega um ponto em que a coisa começa a ficar vergonhosa, como agora. Pois ano que vem, o “novo” iPhone terá 2GB de RAM e todo mundo aceitará como “novidade”. Fazer o quê?
Ola Dario, a sua matéria me chamou a atenção, durante muitos anos fui usuário de iPhone e confesso que tinha um certo receio quanto a aparelho com telas maiores como no caso da linha Galaxy, recentemente troquei meu iPhone 5 por um Samsung Galaxy S5 e confesso que todo esse tempo de certa forma “adorando” o iPhone foi ridículo, pois hoje se pode ter um aparelho para um melhor uso com uma configuração muito superior ao do iPhone e longe de todas as restrições que a Apple impõe (uma delas é a falta de personalização do sistema) o iPhone os usuários não assumem mas sim, o hardware do aparelho é um hardware defasado, por mais que se diga que o sistema funciona “redondinho” mesmo assim, com o Galaxy S5 é possível fazer tudo que o iPhone 6 e Plus faz e ainda mais, enfim gostei da sua matéria, é muito difícil ver matérias de smartphones em sites e não ser alguma matéria “louvando” o iPhone, Parabéns!
Muito bom texto, aborda o tema de uma forma muito ampla e fácil de entender.
Só gostaria de acrescentar que a diferença dos aparelhos Androids para os iPhones é que no primeiro caso eles fabricam aquilo que o mercado demanda, e com isso os upgrades voam, por outro lado até a era Jobs os rumos da empresa eram decididos pelo gosto pessoal de uma pessoa, o senhor Jobs, e cá entre nós, nessa época não tinha pra ninguém, a Apple era muito melhor que as concorrentes, porém com a morte do seu brilhante fundador, as novidades pararam, a Apple precisou agir como as outras fabricantes, seguir a tendência do mercado, só que ela tem medo de cair de cabeça, daí acontece como o dito na matéria, inovações à conta gotas.
Ps.: realmente as maiores vendas dos Grand Duos são pra mulheres, só quem não entende nada de tecnologia teria coragem de gastar um tostão naquilo kkkkkk