2015: o ano em que o Motorola Moto G caiu

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O Moto G, antes unanimidade quando o assunto era custo-benefício, deixou de ser uma das melhores opções de smartphones do mercado. Superado tanto em números, como em recursos pelos seus concorrentes, o smartphone da Motorola subiu tanto de preço que tornou-se irrelevante. Para quem gosta de jogar no celular, a situação ficou ainda pior, pois o que antes era um básico “bom de briga”, hoje está na mesma faixa de preço de smartphones intermediários.

– O preço

Em 2013, o Moto G era o rei. Um smartphone barato (apenas R$ 649 à vista) com desempenho de um intermediário. Em 2014, o preço do Moto G2 subiu um pouco, mas ainda manteve o interesse do público ao adicionar uma tela maior e speaker frontais.

Porém, em 2015, o preço do Moto G3 alcançou um patamar quase de smartphone intermediário. Segundo a Motorola, o motivo foi a alta do dólar. Porém, as concorrentes mantiveram o preço dos smarts similares ao Moto G e ainda colocaram mais recursos. O Moto G, em contrapartida, manteve boa parte da “cara” do modelo 2014.

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– O hardware

Essa é uma das grandes falhas do Moto G 2015. O Moto G3 possui um hardware que evolui pouco em relação ao smartphone mais básico da Motorola, o Moto E 2015. Sim, é um Snapdragon 410 contra um 200. Mas no geral, o ganho é quase imperceptível pois são poucos os jogos que irão diferenciar uma GPU 306 de uma 302. Para piorar, o Moto G manteve 1GB de RAM.

Reza a lenda que há também uma versão básica com 2GB de RAM e Snapdragon 410, mas procure ela em qualquer loja física e você dará de cara com vendedores confusos que não vão saber passar essa informação. Na época do primeiro Moto G em 2013, a escolha era fácil. Ele era um dos poucos a ter 1GB de RAM frente a concorrência que ainda apostava em 512 MB de RAM.

Para tentar corrigir o erro, a empresa lançou em Dezembro o modelo com 2GB de RAM, chamado de Moto G3 Turbo. Mas o preço saltou da casa dos R$ 800 reais para quase R$ 1200 reais. Ao fazer isso, o preço do Moto G3 Turbo encostou no Moto X Play. Este último é mais potente e uma opção bem mais interessante para gamers (particularmente acho ambos fracos, explico a seguir). Internamente, O Moto G3 Turbo e Moto X Play são idênticos. Ambos vêm com Snapdragon 615 com 8 núcleos. A diferença é o clock, o Moto G3 Turbo possui clock de 1.5 Ghz contra 1.7Ghz do Moto X Play. Do ponto de vista do hardware, não faz o menor sentido abrir mal do Moto X Play para comprar o Moto G Turbo. É uma tela menor, com resolução menor, câmera mais modesta e por aí vai. Mesmo que o desempenho de alguns jogos seja levemente melhor graças a resolução HD do Moto G, no conjunto, vale muito mais a pena ter um aparelho com tela FullHD 5.5 polegadas e clock com 200 MGhz a mais. A escolha pelo Moto G3 Turbo só faria sentido se ele fosse muito mais barato que o Moto X Play. 

– A concorrência

Gosta da Motorola? Então esqueça o Moto G3 e vá de Moto X 2014!
Gosta da Motorola? Então esqueça o Moto G3 e vá de Moto X 2014!

O Moto G3 possui concorrência por todos os lados, e a grande maioria dela é justamente o “fogo amigo”. A começar pelo Moto X de segunda geração. O intermediário lançado em 2014 pela Motorola, deixa tanto o Moto G3 Turbo, como o Moto X Play comendo poeira quando o assunto são games. Não é uma diferença pequena, o Moto X2 com Snapdragon 801 é muito mais potente que os dois smartphones recentes da Motorola. A GPU pode ainda ser uma Adreno 330, mas com 1GHZ a mais de processamento (o Moto X2 tem processador com clock 2.5 Ghz contra 1.5 Ghz do Moto G3 Turbo), o Moto X2 possui resultados muito melhores em games.  

Mas se R$ 1200 reais é muito para você, sabia que há concorrentes mais baratos que destronam o Moto G facilmente. O primeiro deles é o Quantum Go. O smartphone da Positivo pode ser encontrado com preços por volta de R$ 900 reais. Pode parecer muito para uma marca pouco conhecida, mas esse dispositivo surpreende qualquer um com um desempenho respeitável e ótima construção.

Aparelho nacional destrona o Moto G e é um dos melhores devices do ano.
Aparelho nacional destrona o Moto G e é um dos melhores devices do ano.

Além dos smartphones da própria Motorola e o da Positivo, há ainda os modelos de entrada da Asus e Xiaomi. O Zenfone 5 ainda é vendido e pode ser encontrado com preços na casa dos R$ 600 reais, além dele, há também o Zenfone Go, que é basicamente o mesmo aparelho repaginado. Já o RedMi 2 da Xiaomi, conta com uma apresentação meio “iphoniana” e preço acessível. O modelo “Pro” do RedMi 2 é tudo que o Moto G deveria ser, barato e com 2 GB de RAM.

– Comprar ou não comprar?

Preço e hardware que o Moto G3 basição deveria ter
Preço e hardware que o Moto G3 basição deveria ter

A conclusão é de que a Motorola não soube encaixar o Moto G3 no mercado. O smartphone parece deslocado frente aos concorrentes e o 1GB de RAM oferecido em um modelo que custa na casa dos R$ 800 reais é ridículo! O Moto G3 é uma opção que será adquirida apenas por quem não entende de tecnologia. É uma pena que a Motorola tenha escolhido entregar menos por mais, enquanto as concorrentes estão fazem justamente o inverso.

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5 comentários em “2015: o ano em que o Motorola Moto G caiu”

      • O SD 801 dar uma surra no SD 615, a tela do Moto X2 é Full HD mas vem com a tecnologia AMOLED (embora não seja umas das melhores telas AMOLED do mercado, nem chega perto das Super AMOLED da Samsung) enquanto o X Play vem com uma visor LCD TFT (melhorado, mas não deixa de ser TFT), a câmera de 21MP do X Play só tem resolução alta mesmo pois a qualidade das imagens chegam à ser inferiores de imagens feitas com 13, 16MP com sensores melhores. Única coisa que o X Play ganha mesmo é na bateria e se for para comprar um aparelho olhando para a duração da mesma, é muito melhor comprar o Moto Maxx.

        Énozes 😀

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  1. boa analise Dario , infelizmente a Motorola caiu muito realmente hj se acha aparelhos bem superiores ao moto G, a cada geração a Motorola lança o mesmo aparelho com mudança bem sutis e com preço bem mais elevado.

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