Sky: Children of the Light (Android e iOS) – Review

De acordo com os produtores da That Game Company, seus jogos costumam ter um DNA em comum. Eles não são apenas sobre mecânicas e jogabilidade, mas sim sobre tentar passar uma emoção ao jogador. Seja ela um sentimento de esperança ou apenas a mais jovial das amizades.

Sky: Children of the Light (Filhos da Luz no Brasil) lançado para iOS, e confirmado para Android, segue esse mantra. O game vai além de apenas ser um jogo de explorar seu mundo 3D. Por mais que as semelhanças com Journey sejam inegáveis.

Como não vi nenhum review em português, nem em vídeo e nem em texto, acho que é uma ótima ideia trazer esse tipo de conteúdo aqui para o site e posteriormente, para o canal.

Publicidade

– Quem é o estúdio That Game Company?

That Game Company é um estúdio que já lançou alguns jogos exclusivos do Playstation 3 e 4. Na época, Flower e Journey se destacavam imediatamente dos jogos de ação por terem uma pegada diferente.

O experimentalismo da The Game Company (TGC) parece uma mistura de pinturas de Salvador Dali com um toque de Claude Monet. Além é claro, de conter aquele game design por subtração do Fumito Ueda (Shadow of the Colossus  e The Last Guardian),

That Game Company é o mesmo estúdio que fez Journey para PS3, PS4 e PC.

Sky, assim como outros games da TGC subtrai, por assim dizer, vários elementos tradicionais dos videogames. Fãs de jogos mais acelerados ou que entregam rapidamente seu plot, vão se decepcionar positivamente com esse game.

Contudo, porém, entretanto, não podemos deixar de salientar que com o novo jogo para Android e iOS, parece que a produtora quis repetir a fórmula de Journey.

Sky parece uma pseudo-sequência do aclamado jogo indie de 2012. Mas ao invés de ser situado em desertos, os cenários foram elevados para as nuvens, literalmente.

– Arte em parélio

Quando pensa em desenvolver um game, a That Game Company sempre leva em consideração que emoção aquele cenário vai despertar no jogador.

Assim como em Journey, é fácil perceber que Sky possui vastos ambientes com pouca coisa para interagir. O mundo aberto e resoluto em si mesmo, mostra um game que nos leva a introspecção, nos transportando quase para um estado de meditação.

O modo como encaramos o mundo de Sky diz muito a respeito de como a produtora encara o seu game design.

A filosofia de não abordar clichês e maneirismo dos jogos pop mais modernos é extremamente salutar para os dias atuais. Este é um jogo para “desacelerar”, respirar um pouco, e “sentir”.  Porém, tudo sem cair na monotonia.

Por mais que Sky seja um “Journey no céu”, a arte desenvolvida aqui chama tanto atenção quanto no primeiro jogo.

Visuais impressionantes e uma trilha sonora encantadora vão marcar suas horas jogando este game. Jogar com um fone de ouvido de qualidade é obrigatório.

O trabalho realizado pela TGC demonstra o potencial da plataforma mobile no quesito games. A plataforma está mais que pronta para todo tipo de jogo. De batalhas épocas a games indie que possuam horas de duração.

– Jogabilidade

Sky é essencialmente um jogo de exploração. Somos recompensados por sair do caminho correto, mas nem sempre a curiosidade excessiva lhe renderá bônus, afinal o mundo do game ainda guarda seus perigos.

Infelizmente, diferente de Journey, temos que lidar com algumas instruções. Talvez por conta a interface minimalista dos smartphones, os produtores acharam melhor dar dicas de como movimentar o personagem. Afinal, os controles só surgem na tela se tocarmos nela.

Em Sky, guiamos pequenos seres que são conhecidos como “Crianças da Luz” ou “Filhos da Luz”. Na realidade, controlamos apenas um único ser, os outros são jogadores que estão na mesma jornada.

Os cenários de Sky são de tirar o fôlego.

Da forma parecida com a de Journey, os jogadores podem trabalhar em conjunto para se ajudar e concluir os desafios mais rapidamente.

A limitação de interação com outros jogadores torna a o “diálogo” construtivo e recompensador, por mais que ele aconteça através de gestos simples. Isso corta a diversidade mas mantém o respeito mútuo entre os jogadores. E como sabemos que isso é essencial no meio gamer.

Além dos gestos é possível interagir com outros jogadores através de sons ou ‘dar as mãos” para caminhar e voar juntos.

Esse nível de afeição pode não ser do agrado para com pessoas estranhas, mas jogar com uma namorada ou namorado é uma experiência intimista.

Publicidade

Sim, é possível jogar apenas com amigos ou pessoas que você já conhece. O game oferece uma opção de gerar um QR-Code que é escaneado pelo próprio game e possibilidade jogar “de dois localmente”. Muito recomendado.

Jogar com namorada(o), Esposa, Marido ou filhos é uma experiência única. Poucos games unem tanto como este.

Jogar com seu par romântico é a melhor forma de aproveitar melhor as emoções em Sky.

Voltando ao gameplay, a movimentação é simples e encantadora. Podemos voar livremente pelo cenário e quando o “gás” da sua capa acaba, o jogador pode coletar correntes de ar de criaturas ao redor. Também é possível evoluir a capa para ganhar mais impulso e “bater das asas”.

Sua principal interação com “o mundo” de Sky será acendendo velas, cinzas de seres mortos e iluminando painéis que contam um pouco sobre a história do mundo. Aparentemente, as estrelas caíram do céu, e apenas os filhos da luz podem retorná-las ao seu local de origem.

Há perigos que farão sua luz se apagar. Em alguns momentos avançar será muito difícil, mas a morte no jogo nunca é consumada. Você apenas retorna para o início da fase ou algum checkpoint.

– Mundo e desafios

Em Sky, o jogador precisa coletar luzes para acender velas e construir amizades com outros jogadores. As luzes também possibilitam comprar itens no game.

Por ser um título gratuito, a primeira coisa que vem a nossa mente é o medo das compras embutidas. Mas relaxe, Sky não é esse tipo de jogo.

Todas as compras são cosméticas e não exigem dinheiro de verdade. O $$ é pedido apenas se você quiser desbloquear várias roupas e estilos de cabelo rapidamente.

Sky pode ser jogado do começo ao fim sem gastar um único centavo. O único “porém”, é que se trata de um game que exige internet constantemente. Um pequeno preço a se pagar por essa maravilha.

Há pessoas que pensam que Sky é um jogo apenas para relaxar e sair voando. Mas há uma boa quantidade de desafio, especialmente se você quiser terminar o game.

Sem querer dar spoilers, aqui vai um resumo rápido do que você encontrar: áreas secretas, puzzles e inimigos. Em alguns cenários é possível encontrar dezenas de “cinzas” de outros jogadores que desistiram de continuar a jornada.

Pode não parecer, mas Sky conta com seus desafios.

Com um dos melhores finais de toda a história dos jogos mobile, Sky: Children of the Light é um game que merece nota máxima em nosso review! 10/10! Obra-prima!

– Conclusão

Sky: Children of the Light poderia ser uma capa de álbum de rock progressivo ou uma animação de Ishu Pattel, e é o melhor jogo gratuito do ano lançado até agora!

Mas não é a gratuidade que retorna um valor para o jogador. O sentimento de recompensa ao completá-lo ao lado de quem você ama torna essa uma obra genuína. É um jogo tão bom, bonito e bem feito que aposto que muita gente gasta dinheiro apenas para agradecer ao estúdio.

Sky dura em torno de 3 a 4 horas, mas é fácil se perder no mundo e passar mais de 6 horas nele. E antes que alguém venha criticar, lembre-se o game é completamente de graça!

Ao pegar emprestado diversos elementos de Journey, Sky mantém o bom game design de forma marcante, deixando uma saudosa memória na mente do jogador.

+Prós

  • Gráficos absurdos
  • Trilha sonora encantadora
  • Ótima jogabilidade para duo em co-op
  • Totalmente gratuito

-Contras

  • Exige conexão com internet

Link do jogo na Google Play (beta)

Link do jogo na Google Play (versão final)

Baixar na App Store (iOS)

Desenvolvedora: Thatgamecompany
Publicidade: Não | Jogo Online
Contém compras embutidas: Sim
Requer iOS 9.0 / Android 4.4
Idioma: Português  | Tamanho: 800 MB

 

[wp-review]

Google News

1 comentário em “Sky: Children of the Light (Android e iOS) – Review”

Deixe um comentário