O mercado dos games é conhecido por arrecadar bilhões de dólares todos os anos, o que consolidou o setor como um dos maiores no entretenimento digital. Um dos motivos é a crescente popularidade de alguns títulos, algo que acontece com Free Fire aqui no Brasil e em boa parte do mundo. Segundo estudo realizado pela Nielsen Super Data, o game mobile é um dos campeões em faturamento neste cenário, conseguindo lucrar US$ 39 milhões em apenas uma semana.
Esse número pode assustar quem não acompanha o mundo dos games, mas a verdade é que esse setor possui um grande potencial no campo financeiro. Algumas projeções, por exemplo, revelam que os jogos eletrônicos devem movimentar cerca de US$ 146 bilhões em 2021. Um número que desbanca até mesmo a indústria do cinema e o mercado de streaming, dois dos maiores setores quando o assunto é entretenimento digital.
O Free Fire da Garena merece um destaque pelos excelentes números que apresenta. Além do grandioso faturamento por semana, o game mobile também possui cifras incríveis durante o ano. Em 2020, foram gastos mais de US$ 2,1 bilhões no universo do game, seja com a compra dentro do jogo ou até mesmo com eventos que envolvem partidas oficiais de eSports. Toda essa variedade na receita é que permite o sucesso financeiro tão forte do jogo.
Apesar disso, o Free Fire não é o único e nem o líder em faturamento anual. Os dados da Nielsen Super Data também mostram que os games Roblox e Fortnite estão no topo da movimentação financeira. Eles registraram lucros de US$ 2,2 bilhões e US$ 1,8 bilhão, respectivamente, durante os últimos 12 meses. Ou seja, estamos falando de vários sucessos bilionários do mundo dos games.
Dinheiro e estrutura no Brasil
O sucesso de Free Fire entre os brasileiros, algo que contribui bastante para o lucro bilionário do game, é evidente no cenário dos eSports. As competições envolvendo o jogo da Garena estão ganhando estrutura cada vez melhores, e chamando a atenção até mesmo de artistas e músicos. Em 2019, como mostra o artigo publicado no blog da Betway, a Liga Mundial de Free Fire contou com um show histórico do rapper Mano Brown com o MC Jottapê.
A reportagem conta que essa presença ilustre deu um excelente resultado positivo, pois a audiência durante a competição contou com mais de 1 milhão de visualizações simultâneas dos fãs de Free Fire. Ou seja, o sucesso financeiro do game também está ligado com a audiência no cenário competitivo, principalmente aqui no Brasil onde o game é tão popular nos smartphones.
Essa proximidade da música com os games não é algo que acontece apenas com o Free Fire. O levantamento conduzido pela Betway, site de eSports bets, mostra várias colaborações que fizeram sucesso. No Campeonato Brasileiro de League of Legends de 2018, por exemplo, o rapper Emicida levantou o público com um show histórico. Entre os artistas estrangeiros, o evento que ganhou mais destaque na mídia foi a apresentação virtual de Travis Scott no Fortnite. Uma iniciativa que reuniu mais de 27 milhões de jogadores em simultâneo.
Audiência é potencial de sucesso
O Brasil é visto pelas produtoras de games como um lugar com grande potencial de crescimento. Um dos motivos é a audiência que só fica atrás da China e dos Estados Unidos nos números. Em 2020, segundo o levantamento da Global eSports Market Report, o país teve um crescimento de 20% em comparação com 2019 e atingiu a marca dos 21 milhões de espectadores.
Existe uma perspectiva que esse número continue a crescer nos próximos meses, mas o país precisa aproveitar todo esse potencial. A grande audiência dos games por aqui significa que existe um mercado bilionário para ser melhor explorado. O levantamento mostra que, até o final do ano, será movimentado cerca de US$1,5 bilhão no setor por aqui, e aproveitar isso é quase uma obrigação.
O universo dos games está dominando o entretenimento digital, seja aqui no Brasil ou em vários outros países. As receitas de Free Fire durante o ano passado mostram um crescimento incrível, e devem continuar batendo recorde. Uma das ações mais importantes agora é conseguir investir para que o mercado brasileiro possa aproveitar essa receita bilionária disponível, algo que o mundo da música está fazendo ao se aproximar dos games.