Você sabe o que é “Game as a Service“? O modelo de distribuição onde um jogo é descrito como um “serviço contínuo” parecia o sonho dos jogadores. Aliado ao “free to play”, o termo virou sinônimo de sucesso imediato no mobile. Contudo, parece que a moda passou.
No mobile, “Free To Play” e “Game as a Service” viraram praticamente a mesma coisa. Quase todo jogo que o público está aguardando muito no mobile é um game as service gratuito para baixar e jogar.
Desde 2022, o que se vê são empresas com medo, cancelando projetos e repensando lançamentos. O que aconteceu?
De tendência ao terror
Os jogos como serviço se tornaram uma tendência onipresente na indústria de games.
Quase todas a publicadoras estão trabalhando em jogos que podem ser mantidos com atualizações contínuas de conteúdo, mas os últimos anos, dados de downloads e receitas mostram que esse modelo está longe de ser confiável.
Jogos como Fortnite estabeleceram um padrão alto para o gênero de jogos como serviço, retendo um grande número de jogadores e exigindo dos desenvolvedores atualizações constantes para manter o jogo “novo”.
Lá por volta de 2017 até 2018, tudo era festa. Bastava lançar um jogo de tiro ou MMORPG e o sucesso era garantido, com milhões de jogadores querendo testar a novidade. Hoje, essa plateia não se empolga mais tão fácil.
Novas franquias estão tendo dificuldade para entrar neste espaço dominado por grandes “players” como Genshin Impact, Call of Duty, PUBG, Free Fire e Fortnite.
Muitos desenvolvedores anunciaram recentemente a descontinuação de seus títulos. Tanto nos consoles, PC e Mobile, o momento é de extrema cautela para não “flopar”.
A tendência ao fracasso não é exclusiva do mobile.
Franquias populares como Marvel’s Avengers da Crystal Dynamics e lançamentos como Knockout City da EA, falharam nos videogames. Esta é apenas a ponta do iceberg, quase todas as grandes produtoras sofreram com seus jogos “free to play / game as a service”.
Alguns exemplos de jogos descontinuados dos últimos anos são:
- Battlefield Mobile
- Apex Legends Mobile
- CrossfireX
- Rumbleverse
- Echo VR
- Back 4 Blood
- CRIMESIGHT
- Metal Revolution
- Omega Legends
- Final Fantasy First Soldier
- Marvel Realm of Champions
- Bless Mobile
- Forza Street
- Project Cars Go
- Shadowgun War Games
- Champions Legion
- Payday: Crime War
- Durango: Wild Lands
E muitos outros.
São atrasos e mais atrasos, dezenas de testes beta, e você joga e pensa: “o jogo está pronto”. Daí, do nada, BOOM! A empresa cancela o jogo, como aconteceu com Dream Edge. Já falamos disso no artigo e vídeo sobre jogos que demoraram demais.
Mesmo jogos de franquias estabelecidas como Call of Duty Warzone precisam de muita cautela para não “flopar” no lançamento. Mesmo após um bom início de temporada, é preciso um alto custo de desenvolvimento para suprir a demanda dos jogadores hardcore, ao mesmo tempo em que não tentam sobrecarregar o público casual com muitos passes de batalha e roletas.
Por que “games as a service” virou um problema? Mesmo quando o jogo é bom!
O motivo pelo qual os jogos como serviço viraram um problema para a indústria é simples: não há jogadores suficientes.
Parece piada, mas é a mais pura verdade.
Nesse tipo de game, a produtoras querem que o jogador passe uma boa parte do tempo jogando, com uma frequência alta. Todo dia se for possível!
Mesmo quando o jogo não dá muito lucro, se ele tiver um volume alto de jogadores, a produtora pode monetizar o título de outra forma. É uma balança que vem ficando cada vez mais exigentes noz últimos anos.
Quem joga um game as a service, joga no máximo um título desse tipo. É quase impossível achar um jogador que pague passe de temporada em dois ou três jogo desse gênero.
E as produtoras estão lançando ou anunciando jogos desse tipo quase que diariamente. O público percebeu essa tendência e ficou mais exigente.
Então o que costuma acontecer. O jogador que já joga um Free Fire ou PUBG, vai lá, testa o jogo novo por alguns dias e depois volta para o seus jogo tradicional.
O ramo de jogos de tiro está tão competitivo que vemos grandes marcas como Battlefield e Apex falhando miseravelmente no mobile. Isso sem falar nos 2 mil clones de Overwatch que nunca deram certo nos celulares.
São games excelentes e com muito potencial! Porém os investimentos não estão compensando para as produtoras.
Mais jogos e mais “flops”
Apesar dos contratempos, as produtoras ainda estão comprometidas com o modelo de jogos como serviço. A Ubisoft vai tentar a sorte com gênero de jogos de tiro com The Division e RainbowSix no mobile.
À medida que o desenvolvimento de jogos se torna mais caro e demorado, produtoras e publicadoras buscam maneiras de maximizar os lucros de novos lançamentos. Os jogos como serviço, ao que tudo indica, vão passar a ter uma vida mais curta. Muitos deles podem seguir o exemplo do Apex e serem cancelados um ano após o lançamento (ou menos!).
Quando feito corretamente, esse tipo de jogo pode ser muito interessante, como em RPGs online como Black Desert Mobile e Genshin Impact. No entanto, os últimos anos mostraram que é mais fácil dizer do que fazer. A maioria dos games as a service não atende aos critérios para o envolvimento sustentável do jogador. Virou uma faca de dois gumes, ao mesmo tempo tem um potencial imenso de atrair os jogadores, mas eles podem ir embora na mesma velocidade que chegaram.
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Triste.
Putz, que droga, me lembro muito do Apex Mobile. Eu tava super hypado pra jogar na epoca, mas o jogo demorou tanto, mais tanto, que quaquando lançou eu nem joguei… O hype já tinha passado.
Outro caso de delirio foi o FF First Soldier, jogo com grafico lindo, se é da square fazer um gacha free to play, ou um jogo premium mas com historia seria sucesso no mobile. Mas não, “vamo fazer um Batle Royale, vai bombar”.
Problema e que não tem muita invocação nós estilos, é um copia e cola danado e o caras falham miserável em balancear free com jogador pagos, eu mesmo agora penso duas vezes antes de comprar pacote ate de 5 reais em jogos pq e um assédio ao mesmo tempo eles não oferecem nada de novo, desafiador,
Inovação*