Jogos Java que valem a pena jogar até hoje

Os jogos java são o ramo mais esquecido do mundo dos games, e a nossa missão de hoje é resgatar a memória desses jogos incríveis.

Entre 2002 e 2010, tinha jogo para celular muito melhor do que os que são lançados hoje em dia.  Jogo sem propaganda, sem compra embutida, nada.. só pegar e jogar.

E a ideia é fazer isso aqui virar um quadro frequente, focar em jogos antigos e bons de verdade!

Tudo certo?

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Então bora lá para mais um vídeo do “Mobile Gamer Retrô”

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  1. Heroes Lore
  2. Assassins Creed
  3. Tower Blox
  4. Shadowalker
  5. Splinter Cell Pandora Tomorrow
  6. Treasure Tower
  7. Castle of Magic
  8. Stranded 2 Mysteries Of Time
  9. Zombie Infection
  10. Diamond rush

 

Conteúdo em vídeo:

 

 

Heroes Lore

Uma das joias mais raras do mundo mobile.

O que MFOMA fez pelos jogadores de celular nenhuma outra empresa fez.

Imagine colocar um JRPG completo em menos de 1MB de dados?

Lançado em 2005 na Coreia do Sul, Heroes Lore chegaria ao ocidente apenas em 2007 pela Hand-on Mobile.

No distante continente de Soltia, uma guerra contra seres míticos chamados Guardiões é declarada.

Controle Ronin, Reya ou Aramor para desvendar uma trama que envolve um ritual com sacrifícios para manter a paz.

Ronin é típico protagonista de anime corajoso, mas ingênuo.

Reya é uma garota habilidosa com lança, mas cheia de mistérios.

E Aramor parece aquele guerreiro cansado e sem esperanças para o futuro.

Cada um deles vai desempenhar um papel onde é preciso jogar com os três para desvendar toda a história.

Heroes Lore Winds of Soltia tem cerca de 9 horas de duração (e 15 para completar tudo)

Parece pouco né? Mas vale lembrar que a maioria dos jogos Java tinham no máximo uma hora de duração.

O combate é em tempo real, bem ao estilo Secret of Mana e The Legend of Zelda.

Heroes Lore fez sucesso no Brasil graças à tradução em português feita pelo Open Mind Team, em especial Jperes e BRVeloso.

Os sprites são muito bonitos, os desenvolvedores tiraram leite de pedra.

Nessa época aqui, os caras faziam os jogos com muito amor e carinho.

Não existia engine, shaders, nada, os caras só tinham um sonho e muita vontade de programar.

Para mim esse é o pico do desenvolvimento dos jogos java, um JRPG completo para aparelhos que sequer tinham processador rápido ou aceleração de hardware.

Olha isso, um RPG em português no celular, lá em 2008. Até hoje é difícil achar um lançamento assim no Android, offline e sem compras embutidas.

 

Assassin’s Creed

Parece mentira, mas foram lançados 5 jogos da Assassin’s Creed para celular Java.

Assassin’s Creed 1, 2 3, Brotherhood e Revelations.

Embora cada pessoa tenha o seu favorito. Ver Assassin’s Creed 1 no celular, em 2D, no hype do sucesso do primeiro game, foi impressionante.

Um jogo extremamente bonito e com gameplay dinâmico em um dispositivo que eu já tinha.

O mais legal dos jogos Java era isso. Sempre tinha uma versaozinha para os celulares humildes.

Eu sei que jogos em português, não são novidade hoje em dia, mas naquele tempo, jogar um game em nosso idioma, no celular era algo fantástico.

E os jogos Java proporcionaram isso. Quem não tinha dinheiro pra comprar um console, podia jogar games bem legais.

Assumimos o papel de Altair Ibn-La’Ahad, um membro da antiga Ordem dos Assassinos durante o período das Cruzadas. A história se passa na Terra Santa durante o século XII.

Altair enfrenta inúmeros desafios, incluindo confrontos com membros da ordem rival dos Templários, e é claro, várias missões furtivas.

A Gameloft sabia como poucas explorar cada mecânica em um jogo sidescrolling 2D, colocando todo tipo de minigame e uma história bacana para amarrar tudo.

Para os dias atuais você vai achar esse game curto, mas recomendo baixar logo todos os 5 games.

Você consegue encontrar todos os jogos java de Assassins Creed por aí em pt-br.

Muita nostalgia e são games bons para se jogar até hoje.

 

Ah e só um aviso, se for emular, lembre-se que o jogo rodava a no máximo 15 FPS e que jogar ele a 60 FPs pode tornar alguns desafios impossíveis de passar por conta do input lag e atrasos de comandos que os devs já previam que existiam em celulares antigos.

 

Tower Bloxx

Bem lá atrás, em 2005, a Digital Chocolate lançou Tower Bloxx,

Antes desses jogos ultracasuais que temos hoje em dia, Tower Bloxx era o nosso vício imediato.

Um jogo que ninguém conseguia largar, e o pior, ele vinha junto em um monte de celular da Nokia.

Caso você não tenha notado, o objetivo é simples, empilhar os apartamentos de modo que os prédios fiquem altos e as pessoas possam morar, ou se apertar nesses kitnets.

Parece até uma previsão de como a vida iria se tornar, não é mesmo? Com apartamentos cada vez menores.

O game é bem engraçado com esse lance dos moradores caído de guarda-chuva.

De onde eles vem? Dos outros prédios? Pulando de aluguel em aluguel.

Será que eles aparecem porque aqui o aluguel é mais barato.

Será que o jogo previu o crash da bolsa de 2008 e a implosão do mercado imobiliário?

Enfim, embora tenha games parecidos no Android, nada supera o bom e velho Tower Bloxx da Digital Chocolate para celulares Java.

 

Shadowalker

Esse clássico da Glu Mobile tinha sprites incríveis e uma movimentação de dar inveja em muitos jogos.

No game, controlamos Phoenix Shadowalker, que foi uma tentativa da Glu de emplacar uma heroína, na época, rolou até cosplay em capa de revista, a Glu parece que queria que ela fosse uma espécie de Lara Croft dos games mobile.

Não deu certo, o que deu certo mesmo foi um dos games mais caprichados no quesito sprite 2D.

Hoje em dia poucos jogos Android têm esse capricho que Shadowalker tinha.

A pixelart desse jogo ficou a cargo de um artista muito foda chamado Kenneth Fejer que trabalhou na Glu Mobile e foi responsável pela direção de arte de muitos jogos.

As artes do game ficaram a cargo da talentosa Michelle Chuang que também produziu games como Stranded, Alpha Wing e Ancient Empires.

Quem é da época vai lembrar que alguns jogos da Glu tinham uma pixel arte e uma animação fantástica. Eram esses caras aqui trabalhando nos jogos.

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Sobre o game, ele tem uma duração pequena, onde é possível encontrar powerups para a espada e arma que ela usa.

Pois é, não tem como não incluir esse clássico.

 

Obs. Eu sei que você quer falar de Shadow of Darkness, mas já falamos dele em outro vídeo.

 

Splinter Cell Pandora Tomorrow

Provavelmente um dos primeiros jogos java coloridos que muita gente viu foi Splinter Cell Pandora Tomorrow.

Lançado em 2004, esse game é bastante criativo.

A Gameloft, há 20 anos atrás, apresentava esse gameplay inusitado que é uma mistura de Stealth e combate com sidescrolling 2D.

O jogador assume o papel do agente Sam Fisher, um operativo da Third Echelon, uma unidade secreta de contra-espionagem.

A história se desenrola em torno de uma crise internacional envolvendo uma organização chamada Darah Dan Doa, que ameaça lançar ataques ao redor do mundo.

Por meio de diálogos entre Sam Fisher e outros personagens, os detalhes vão se revelando conforme avançamos nas missões. Dando um contexto muito mais interessante ao game.

Tudo bem ambientado para caber em uma tela de duas polegadas

O game progride tela a tela e a cada nova situação um novo desafio é apresentado.

Esse jogo aqui tem uma dificuldade acima da média e é uma delícia de zerar. Game obrigatório para os fãs do java.

Incrível como a Gameloft conseguia extrair o máximo com jogos que tinham sequer 100 kb.

Esse jogo, no meu saudoso Motorola C650 tinha incríveis 63kb…

 

Treasure tower

Apelidado carinhosamente de jogo do canguru, na verdade era tipo uma tartaruga, Treasure Tower era um game muito comum que vinha instalado em vários celulares da Sony Ericsson.

O desafio é simples, subir o máximo possível desviando dos obstáculos e evitando cair no abismo. O jogador precisa resolver enigmas, evitar armadilhas e coletar itens para subir até o balão no final de cada fase.

A mecânica principal é o salto, mas o que chamava atenção mesmo eram os gráficos.

Os celulares da Sony Ericsson eram os melhores em renderização de gráficos 3D devido a engine proprietária da Sony, a Mascot Capsule 3D, que renderizava gráficos de nível PS1 nos celulares.

Treasuer Tower pode parecer travadão hoje em dia, mas na época, era impressionante ver um celularzinho java rodando um jogo com gráficos 3D nessa fluidez.

E por fluidez, entenda 24 frames por segundo.

Era raro um jogo rodar a 30 ou 60 FPS, um feito conseguido pela Fishlabs apenas em celulares topo de linha lá em 2008.

Uma curiosidade: embora os celulares tivessem muita RAM pra época, algo entre 2 ou 16 MB, o HeapSize, ou seja, a quantidade máxima de RAM para um jogo java era no máximo 512 KB, sendo comum usar apenas 128 KB.

 

Castle of Magic

Castle of Magic é um dos jogos mais bonitos da Gameloft que vale a pena jogar até hoje.

Bem ao estilo Rayman de ser, esse game de plataforma e aventura trazia uma história fofinha e personagens carismáticos.

Dois jovenzinhos encontram um chapéu mágico e são transportados para um mundo de fantasia. A garota é raptada e cabe a você agora usando poderes mágicos resgatá-la.

O jogo apresenta mecânicas de plataforma clássicas, com Evan correndo, pulando e lutando através de vários níveis repletos de inimigos, armadilhas e quebra-cabeças. Exploração também é um ponto importante do game, com fases cheias de segredinhos.

Embora tenha versões melhores para Nintendo DS, a versão Java é muito fofinha, principalmente por ser totalmente 2D e na horizontal.

A game é fortemente inspirado em Mario, mas conta com várias mecânicas engraçadas como deixar o personagem gordão para enfrentar alguns inimigos.

Castle of Magic nunca teve uma versão para Android, existe até uma versão 3D para iOS, mas que já se perdeu em meio a atualizações do sistema.

 

Stranded 2 Mysteries Of Time

Senhores e senhores que jogo, que jogo é Stranded 2.

A GLU mandava tão bem na hora de desenvolver jogos Java que já se dava ao direito de criar um jogo incrível em 3D e outro em 2D para quem não tinha celular potente.

Stranded 2 3D era um jogo inacreditável para os padrões da época, mesmo que tenha sido lançado um pouco tarde, em 2009.

O jogo segue as aventuras do Dr. Alex Howells enquanto ele abre caminho através de uma conspiração que ameaça destruir a humanidade.

Um estranho e velho chega na remota ilha de pesquisa de Hawells com uma nova máquina capaz de distorcer as leis do tempo e do espaço, que explode em uma aventura épica pelo passado, presente e futuro.

Com elementos de viagem no tempo e até dinossauros, o game lembra bastante o clássico Jurassic Park do Super Nintendo.

Novamente um jogo muito bonito, muito colorido, com visual impressionante para a época. Os puzzles que envolvem viagem no tempo para sua solução são bem criativos.

O game leva cerca de 3 horas, o que para a época era bem impressionante, principalmente dado o visual dessa aventura.

 

Zombie Infection

“Zombie Infection” é um jogo de tiro em terceira pessoa desenvolvido pela Gameloft, lançado em 2008.

Novamente em um surto de criatividade incrível, a Gameloft nos manda um “Resident Evil 2D” com 3 personagens jogáveis, uma história envolvente, bons diálogos e gameplay muito viciante.

Impossível pegar esse game e não querer chegar até o final, por isso que ele está nessa lista de  “vale a pena jogar até hoje”.

Aqui, os jogadores assumem o papel de agentes-repórteres que devem lutar contra hordas de mortos-vivos.

O enredo se desenrola com eles tentando sobreviver em meio a uma cidade infestada por zumbis, aranhas mutantes e outras criaturas. Eles enfrentam desafios como resgatar civis, escapar de emboscadas e descobrir a verdade por trás do surto viral que assola a cidade.

Não quero dar nenhum spoiler, mas a história tem até uns momentos interessantes e é cheia de reviravoltas.

O game também teve versão para iOS, mas é um jogo completamente diferente, e vamos falar mais sobre ela em outro vídeo.

 

Diamond Rush

E para finalizar Diamond Rush, um dos diamantes mais bem lapidados pela Gameloft.

Lançado em 2006, esse game traz um personagem em uma aventura através de catacumbas em busca de tesouros perdidos.

Mas na época, imagina um Tomb Raider rodando em celulares Java era algo meio irreal, então o que temos aqui é um simpático game de ação e quebra-cabeça.

Claramente inspirado em Boulder Dash, Diamond Rush reviveu o clássico em nova forma com um visual colorido e jogabilidade simples.

Esse jogo traduz muito bem o que é um jogo mobile. um game fácil de jogar e ideal para todos as idades.

Apesar de inspirado em um game antigo, Diamond Rush virou rapidamente um clássico instantâneo povoando a memória de muitos que jogavam nos celulares dos irmãos ou do pai e da mãe.

Muita gente critica a Gameloft pela baixa criatividade, mas naquele tempo, foi uma das poucas empresas a se importar com qualidade e lançar games bons de verdade, no mobile, games que você carrega na memória.

Essa produtora sempre vai ser especial pra mim.

 

Encerramento

E aqui encerra o nosso artigo, Faltou algum jogo? Conta aí os games que você jogava na época. Vamos reviver a era de ouro desses jogos clássicos.

 

 

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